terça-feira, 25 de abril de 2006

"Notas Mentais"

Cá está a razão da pausa: uma tentativa de escrever um livro que acabou por ser apenas um história, por agora.
A minha ideia é ir escrevendo este livro durante toda a minha vida, sempre enriquecendo-o mais com a experiência de vida que vou ganhando.
Vou publicá-la em três partes neste blog. Espero que gostem:


Notas Mentais
Capítulo I: Andar, falar, aprender…

Ouve-se um choro repentino de uma criança acabada de nascer, num dia de extremo calor de Agosto, que interrompe os gritos desesperados de uma mulher e toma de assalto a expectativa de um homem, que já gastou o chão da sala de espera do hospital só de andar de um lado para o outro.
- Parabéns, é um menino perfeitamente saudável! Como o vai chamar? – pergunta o médico à mãe a seguir de ter respirado fundo depois de um parto difícil.
- Ricardo Jorge da Fonseca Ferreira, sim; Ricardo Jorge é o nome do meu filho! – responde ofegantemente a recente mãe.


“Que se passa? Quem são estas pessoas todas a olhar para mim e a sorrirem para mim, a me beijarem, a me segurarem? Que se passa? Porque só falam de mim? Alguém faz anos hoje? Oiço milhentas pessoas a desejarem parabéns a alguém…
Mãe? És tu? Sim, és tu! Consigo senti-lo; nos teus braços sinto-me quente e confortável, como se nunca tivesse saído de dentro de ti. Finalmente alguém que eu reconheço!
Quem me toca na mão? Pai? Claro, és tu! Sinto-me seguro ao simples tocar das tuas grandes mãos; só podes ser tu!
Consigo ver a felicidade nos vossos olhos, é impossível não a ver! Quase que a toco e a meto à boca! Mãe, tu com esses olhos verdes, quase que me vejo neles, como se fossem um espelho, das lágrimas de alegria que vertes! E tu, pai, esse sorriso torna-se inevitável para ti. Fazes-me caretas das mais absurdas que existem, só para me veres sorrir!
Mas falta-me qualquer coisa…não consigo perceber o que será, talvez porque apenas tenho minutos de vida…mas sei que me falta qualquer coisa dentro de mim….dentro da minha personalidade, dentro da minha alma…
Descubro depois porque agora vou começar a chorar…só me entendem dessa forma, tento falar mas não consigo. Com o tempo devo conseguir. Por agora já percebi que para me deixarem dormir, comer ou brincar preciso de chorar, chorar bem alto!”

Ouvem-se mais berros bem altos que afastam toda a gente daquele quarto de hospital apertado. Finalmente, o recém-chegado pode descansar, protegido e amado pelos pais.




O rapaz, tão inquiridor, tem agora 6 anos e vai ter a terrível experiência, para quase todos, do primeiro dia de aulas. Depois de três anos comutando entre a casa dele, a casa dos avós maternos, sítio onde ele passa os dias enquanto os seus pais arranjam como apressar o fim do mês, e a casa da avó paterna; depois de ter passado por um sem número de colégios pré-escolares sem sucesso, isto é, sem permanecer aí mais de três meses sem adoecer e praticamente implorar para voltar para casa dos avós; está na hora de este menino ir para a primária.



- Não quero! Tenho medo! Os outros meninos não vão gostar de mim! Eu não quero!!! – Exclama o rapaz meio choroso.
- Vai, experimenta. Vais ver como vais fazer muitos amigos, vais aprender muitas coisas novas, e no fim do dia ainda vais agradecer aos teus pais por te terem posto na escola! – tenta acalmar desta forma a, sempre paciente, avó materna; a avó perto ,como ele lhe chama, por ser a avó que mora mais perto de casa dele.
- Só vou se tu vieres comigo! Preferia passar o dia contigo, a fazer desenhos contigo e todas as outras brincadeiras que sempre fazemos!!
- Fazemos isso tudo quando voltares da escola, temos tempo e na escola vais fazer muitas outras brincadeiras que até vais achar melhores do que as que fazemos.
- Não, não vou! Não vais estar a brincar comigo, deixa de ser o mesmo! Deixa-me ir para casa, eu quero ir para casa contigo! – Começa, assim, a chorar.
- Acalma-te meu querido. Vá, eu entro contigo na sala, deixo-te bem acomodado, falo um pouco com a tua professora e depois logo vemos se fico contigo ou não, combinado? – Sempre tão paciente, a avó.
- Está bem. – A avó conseguiu, agora o rapaz fica mais confiante depois do “acordo” e deixa de soluçar.
- Com licença…é aqui a sala do primeiro ano? – tenta saber se é a sala certa, a avó.
- É sim. E este deve ser o Ricardo? – pergunta retoricamente a professora do menino assustado. Ele ainda se assustou mais pelo facto dela saber o seu nome mas nunca terem sido apresentados – Eu sou a professora Alice. Estás bom Ricardo?
- Es…tou… - hesitante, o menino responde acenando com a cabeça, ainda está meio a soluçar.
- Então, não estejas triste. Aposto que quando os outros meninos e meninas chegarem tu vais ficar logo logo muito entusiasmado! – tenta apaziguar o menino.
- Talvez… - hesitante, o Ricardo olha em sua volta e “tira as medidas” à sua futura sala de aula, onde ele passará muito tempo. Ele fica contente com a sala, é acolhedora, com ar de nova e tem a um canto um tapete com algumas almofadas, brinquedos e livros. Começa a pensar que se calhar não vai ser assim tão mau.

“Eu percebo que tenho de vir para a escola, afinal não sei nada de nada…pronto exagero, sei alguma coisa, mas nada de muita relevância. A escola vai-me fazer bem. Aprenderei muitas coisas e conhecerei muitas pessoas, com as quais farei amizades.”

Chegam então os outros alunos. Na sua grande maioria estão todos tal e qual o Ricardo: com medo, os olhos vermelhos de chorarem e de mãos dadas com um parente.
Passado um pouco, alguns começam a cumprimentar os outros.

- Olá. – diz a Rita ao Ricardo.
- Olá... – responde Ricardo olhando para a sua avó.
- Olha querido, vou falar com a tua professora está bem? Fica aqui com esta menina simpática. – afasta-se a avó na tentativa de deixar que os dois se conheçam. Pode ser que o Ricardo se relaxe mais.
- Como te chamas?
- Ricardo…e tu?
- Rita! Estás bom? – pergunta a Rita.
- Não. Deveria estar agora a brincar com a minha avó em casa, mas tenho de estar aqui… - suspira o menino.
- Eu percebo-te…Eu também preferia estar com a minha irmã mais velha. Ela é muito engraçada! – sorri a Rita, talvez a relembrar-se de uma das caretas que a sua irmã faz. – Mas isto não deve ser assim tão mau. A minha mãe disse-me que é na escola que nos tornamos crescidos! Vamos aprendendo muitas coisas e à medida que vamos aprendendo isso tudo, crescemos sem dar pelo tempo passar. Deve ser bom, então!
- Sim, não pode ser mau de todo.

“Esta menina é muito simpática, e esperta também! Estranho...acho-a muito parecida comigo, não fisicamente, mas parece que ambos pensamos de igual forma…”


- Rita, espera por mim! – grita o rapaz.
- Anda lá molengão! – adverte Rita - É o primeiro dia de aulas e eu não quero chegar atrasada. Estou em pulgas para ver a escola nova!
- Não sei porque estás tão entusiasmada, estava muito melhor de férias!
- Pois, mas agora não somos só nós! Vamos conhecer muitos mais amigos. A minha mãe diz que é nestas idades que fazemos amizades para a vida…as da primária passam rapidamente. – sempre a citar a sua sábia mãe.
- “Passam rapidamente”? Então e a nossa? Conhecemo-nos no primeiro ano, vamos agora para o quinto e ainda nos falamos constantemente! Passámos as férias juntos!
- Pois mas a nossa é muito diferente… - a frase é acompanhada com um pequeno suspiro e um olhar.

“Não a percebo; constantemente ela emprega esta frase…acho que cada vez compreendo mais o meu pai quando ele diz ‘Ninguém percebe as mulheres”

- Deve ser, para nos continuarmos a ver há 4 anos.
- Vá, chega destas conversas de parvos…vamos entrar na escola, vamos começar a conhecer pessoas novas! – exclamou, muito entusiasmada, a Rita.
- Sim, vamos, mas sentas-te a meu lado na carteira certo? – perguntou Ricardo
- Claro. – tranquilizou-o.

Então, os dois entram na sua nova escola. É uma escola do ensino básico, que vai do 5º ano até ao 9º e é a melhor escola do concelho em termos de ensino, apesar de não ser propriamente rica…O pavilhão de educação física está velho e ainda tem o chão em tacos de madeira, os materiais escolares só são novos no edifício mais recente, porque nos outros está tudo antiquado, e mesmo no mais recente os materiais são poucos. Percebe-se logo à partida que esta escola é a melhor do concelho não porque tem as melhores condições, mas porque os docentes e não-docentes se esforçam imenso para dar a melhor das preparações para os seus alunos; não é à toa que todos os melhores alunos nas escolas secundárias nos arredores são provenientes desta!

- Oi! Então, estás bom? – começa, assim, Ricardo a fazer amizades.
- Yap! E tu? – responde, alegremente, Tiago.
- Também. Como te chamas?
- Tiago e tu?
- Ricardo… já percebi que esta escola é fixe… - tenta puxar conversa com o novo amigo.
- Sim, deve ser. Conheces alguém daqui?
- Só conheço aquela rapariga, ali… - aponta para Rita – Ela era da minha turma na primária e continuámos amigos.
- Tens sorte. Eu já não falo com nenhum dos meus colegas da primária.
- Pois, costumam ser amizades que passam rapidamente. – repete as citações da mãe da Rita.
- Talvez…
- Gostas de jogar à bola? – continua a aprofundar a amizade com Tiago.
- Não muito, não sou muito bom e metem-me sempre à baliza.
- A mim também, mas continuo a gostar! Um dia vou ser muito bom! – sonha alto Ricardo.
- Espero que sim. Eu gosto mais de computadores. – entretanto toca a campainha - Bem, vamos para as aulas, acabou de tocar. Vais para que sala?
- Para a C2 e tu?
- Também vou para aí. Que bom, somos colegas de turma! Sentas-te ao meu lado na carteira? Não conheço mais ninguém…
- Desculpa, prometi à minha amiga que me sentava ao lado dela, ela fica sempre muito insegura no primeiro dia.

Passa então por eles a Rita já no meio de um grupo de 4 amigas a rir-se com elas. Ela diz ao Ricardo que não se vai sentar com ele e pede desculpa.

“E agora mais isto…cada vez a percebo menos, troca-me por um bando de novas amigas como se me tivesse conhecido à pouco…”

- Pelos vistos não é assim tão insegura. – diz Tiago para Ricardo, sorrindo.
- Pois…Então sentamo-nos os dois! Vá, vamos lá. Não quero chegar atrasado logo no primeiro dia.


Afastam-se os dois, muito contentes, ambos por terem feito um novo amigo, que não sabem eles, para a vida.

quinta-feira, 20 de abril de 2006

7ª Arte

De todas as artes, esta teve de ser a sétima, não sei porquê, nem vou investigar sobre isso, agora que o número lhe assenta bem, assenta.
O projecto do qual lhes tinha falado está quase concluído, estando acabadinho de certeza o essencial: a rodagem da película "Carlos Alberto".
Este filme tem o mesmo nome da personagem principal, interpretada pela minha pessoa. A história roda à volta desta e doutra personagem, a "Esmeralda", que é uma rapariga de 12 anos, que se encontra no 7º ano e está perdida de amores por "Carlos Alberto", já no 9º ano, com 14 anos. São algumas as tentativas frustradas de "Esmeralda" para chegar ao seu amado, pois este apenas adora jogar futebol e praticamente não faz outra coisa na vida. "Esmeralda" quase que chega a entrar em "stress", ao ponto de sonhar que C. A. se casa com a Professora "Natália", a sua professora de Educação Musical.
Durante grande parte da película, "Esmeralda" tenta arranjar maneira de poder entregar a sua carta, onde explica que gosta de C. A. Só poderá fazer isto, entrando no mundo dele. Começa por surpreendê-lo, jogando razoavelmente bem, mas acaba por arruinar o seu jogo. Nesta altura, a carta é finalmente entregue, ficando C. A. estupefacto com isto. À saída da escola, os dois seguem juntos, falando sobre ambos, para depois C. A. sair de cena e ficar Esmeralda sozinha, olhando para ele a afastar-se.
Depois desta sinopse, dá ideia de que ficam juntos, não? Pelo menos parece!
Esta é a razão principal por não ter escrito nada durante as férias, e assim me lanço cada vez com mais força ao mundo da representação, a formalizar na "escolinha amarela".

Pausa Indefinida

Vou fazer agora uma pausa que terminará não sei quando para dedicar todo o meu, pouco, potencial para a escrita num projecto ambicioso que propus. Não direi o que é, nem sei se alguém alguma vez lhe purá a vista em cima, mas para eu o fazer preciso de me retirar daqui...talvez não para sempre, provavelmente passarei aqui de vez em quando para publicar uma coisinha ou outra mas não com a regularidade a que vos acostumei.
Obrigado a todos que, directa ou indirectamente, me incentivaram a fazer "isto" sem o saberem.
Até...

segunda-feira, 17 de abril de 2006

O Fim Supremo Pelo Qual Todos Buscam

Olho em minha volta e apenas vejo sorrisos; não sei se será da prima ou da outra...a Vera mas sei que quase que consigo tocar a felicidade no ar, e consequentemente sou contagiado, mesmo sem tendo razão especial para o estar, sou contagiado pela felicidade em abundância; talvez seja apenas efeito secundário do transe em que entrei ao ouvir o CD que agora oiço, com perfumes brasileiros, não sei se até nem será um efeito secundário do antibiótico que acabei de tomar, proibímos as drogas mas não podemos passar sem alguma ham, para a dor de garganta que me atormenta há dias...
Mas nem quero saber; sempre questionei o estado mental daquelas pessoas que mesmo estando bem e não tendo qualquer razão para estar mal, duvidam desse "estado", dessa felicidade entregue de bandeja...aproveitem!
As férias estão no fim e um 3º período bastante trabalhoso avizinha-se mas nada disso me preocupa já que o período será curto e passará rápido, logo logo são as férias de verão que batem à porta e vou poder gozar de umas verdadeiras férias bem merecidas, penso eu.
Mas que bom; sinto-me como uma planta que aguentou o Inverno rigoroso e agora desbota graças à Primavera radiante! Já não me sentia assim há uns bons tempos, proporcionais à minha curta duração ainda.

domingo, 16 de abril de 2006

"Better Way"

Acho que nos dias que correm esta música não podia vir mais a calhar. A letra diz tudo, mas para quem não sabe inglês passo a resumir: Ele, e eu, acredita numa maneira melhor...


"I'm a living sunset
Lightning in my bones
Push me to the edge
But my will is stone

Fools will be fools
And wise will be wise
But i will look this world
Straight in the eyes

What good is a man
Who won't take a stand
What good is a cynic
With no better plan

Reality is sharp
It cuts at me like a knife
Everyone i know
Is in the fight of their life

Take your face out of your hands
And clear your eyes
You have a right to your dreams
And don't be denied

I believe in a better way"

domingo, 9 de abril de 2006

Seguro do Futuro Incerto

Duvido do futuro, do meu futuro...Será que não serei apenas mais um? Apenas mais um ponto numa multidão imensa...Mas que mal tem ser apenas um ponto...os grãos de areia não se importam...acho eu...também, ninguém lhes pergunta...será que cada grão de areia algum dia desejou ser mais do que apenas um grão de areia no meio de muitos outros?
Não sei, nem sei se me importa, só sei que não me tornarei num ponto na multidão...apenas mais uma pessoa com a sua casinha, o seu trabalhinho, a sua vidinha...não! Para mim quero mais...desejo algo, tenho sonhos e isso guiar-me-á a ser alguém...
Esta expressão adapta-se perfeitamente ao que quero...ser alguém...não apenas mais alguém, mais um, mais um soldado nas frentes de batalha que morre de tal forma heróica que ninguém nunca saberá para quê nem porquê...poucos chegaram a saber o seu nome...Não!
Atenção, eu não anseio a fama, não desejo ser idoletrado apenas pelo facto de eu não idoletrar ninguém e achar isso errado...não é a fama descabida, exacerbada que desejo...desejo reconhecimento justo...reconhecimento pelo que faça. Acho no mínimo natural o ser humano buscar o reconhecimento...pois assim o faço, de forma responsável pois sei que tal é difícil; não desejo ter uma ordem de fãs perseguindo-me e muito menos quero milhentas pessoas no meu funeral...apenas me quero tornar imortal...apenas quero que o que eu faça, contribue para alguém ou para uma causa nobre, e que por isso eu seja lembrado.
Escrevo isto, não por causa de uma suposta quebra no meu ser...não por causa de súbitas dúvidas de morte, mas apenas porque estou naquela fase, por mim muito bem compreendida, em que volto ao passado, de certa forma, pois pergunto-me sobre tudo e mais alguma coisa, só que agora não pergunto porque é que o céu é azul, nem porque é que algumas pessoas são carecas e eu não...pergunto-me sobre o futuro, questiono as minhas escolhas actuais pois sei que, mais agora do que nunca, elas afectarão o meu amanhã, as minhas escolhas irão influenciar directa ou indirectamente em quem serei e como viverei daqui a 10, 20, 30 anos e talvez esta noção, estreante, da importância das minhas decisões me está a causar este aparente desiquilíbrio...apenas aparente pois eu estou seguro do que escolho, de quem sou e de quem quero ser mas "e se..."; estas duas palavras tão tumultuosas, e se o meu esforço é em vão...e se aquela outra decisão não teria sido melhor...e se...e se...e se.....
Chega!Chega de inquirições, de dúvidas inúteis que me poderam levar ao fundo...não! Estou seguro do que quero para mim, sempre o estive e sempre o estarei! E sei que não sou apenas mais um soldado nas frentes de batalha pois sei que tenho a apoiar-me um regimento inteiro de pessoas que me querem bem e que estam dispostas a ajudarem-me nesta busca.

quarta-feira, 5 de abril de 2006

Piratária

Este tema anda muito na berra (essa coisa "lixada"). Isto porque a judiciária parece não ter muitos homicídios ou outro qualquer crime pior para tratar (na minha opinião trata-se de um grande desperdício de recursos humanos e de fardas...deviam dar-me uma...pa ver como é que ficava =P) e então toca de se virar para esse crime horrendo que é a pirataria.
Mas em vez de perseguir vendedores de qualquer dvd de qualquer espécie a 5 euros...não...perseguem o pessoal jovem que saca umas quantas músicas num programa de downloads...
Primeiro sempre achei isto tudo da pirataria muito estúpido...então vejamos: O fabrico e a venda de gravadores de cassete, CD ou DVD é legal...MAS...o acto de gravar cassestes, CDs ou DVDs é ilegal...mas sou só eu ou isto é muito estúpido...se querem acabar com a pirataria acabem com os gravadores primeiro!
E a pirataria na versão de fazer downloads...vejamos bem....se um "mecenas" dos tempos modernos lhe apetecesse espalhar o CD do Toy, faria uma volta pelo país a partilhar o seu CD, ou seja, deixaria que outra pessoa pusesse as músicas (que belas músicas) do CD do Toy no seu computador, processo totalmente legal, e este acto de pura caridade seria legal...o CD é do outro e ele faz dele o que bem lhe apetecer, inclusivé partilhar com quem quiser. Ora então veja-se o processo de partilha de ficheiros no emule por exemplo...uma pessoa que tem o CD do Toy pode muito bem pôr as músicas no seu PC, até agora é tudo legal, e decide partilhar o seu CD com todos e para isso insere os ficheiros de músicas no sistema de partilha do emule, e assim um qualquer desgraçado, necessitado de uma boa dose de "se não tens ninguém com quem dançar, chama o António" que queira saciar a sua fome de Toy faz uma procura pelos ficheiros de música do Toy e faz o download.
Veja-se; não estará a pessoa que partilha o CD pessoalmente a fazer o mesmo que a pessoa que insere o CD no emule? Está a partilhar a magia do Toy com todos, um fá-lo pessoalmente, o outro (talvez devido a alguma insuficiência monetária de viajar pela porra do país) fá-lo digitalmente...E não estará a pessoa que aceita a partilha do CD do outro que o faz pessoalmente a cometer um crime tão horrendo como a pessoa que procura uma partilha digital?
Reflitamos todos nós em uníssono sobre um assunto tão sério e grave...esqueçamos a guerra no Iraque que se arrasta...esqueçamos o Irão que tem o torpedo mais potente do mundo...esqueçamos as fomes no mundo...esqueçamos a sida...a poluição...a pobreza...a pobreza abaixo do limiar da pobreza...esqueçamos o problema de obesidade da Simara...e preocupemo-nos, meus filhos, na crise do download, tal como qualquer religião, ética, moral, ou outra identidade qualquer, desejaria...

terça-feira, 4 de abril de 2006

Féééééériaaaassss!!!!!!!

(interpretem este título como um grito desesperado de todos os meus tecidos corporais e constituições psicologico-mentais)



Férias...pois é, chegou essa coisa horrível...as férias.
Não percebi a azáfama toda no último dia de aulas...passo a explicar: No último dia de aulas quase que se ouviam grilos em pleno dia, ou seja, os alunos estavam tão cansados que nem tinham forças para comemorar a chegada das férias...
Para mim, estas férias vão dar bastante jeitinho; descansar à brava...pôr a minha leitura, audição de cd's e sono em dia...pôr em dia a minha dose de teatro, que está quase a acabar...
Quanto ao motivo das férias...a Páscoa...nem me faz frio nem calor...é-me igual, as férias não necessitam de um motivo (apenas o necessitam para fins políticos e burocráticos), pois para mim qualquer motivo é suficientemente bom para umas férias...nem que seja para um feriado...ressuscitação ou nascimento de Jesus; dia de celebração da liberdade ou da república; greve de docentes ou não-docentes ou ainda falta de água...qualquer motivo constitui uma óptima oportunidade do pessoal folgar uma beca da escola ya? Perdoem-me esta escapadela da língua...neste caso dos dedos...mas o meu cérebro anseia por uma paragem na rotina incessante e extremamente exigente que até esta altura estabeleci...


Obrigado por tudo =) Estarei aqui, ali ou aí para qualquer coisa, o "nós" existirá sempre, a amizade perdura =)