terça-feira, 28 de fevereiro de 2006

Piedade

Lágrimas...dizem muita coisa delas...que é bom vertê-las pois assim limpamos a alma...despejamos os lixos emocionais que nos pesam sobre os ombros. Mas também pode ser muito mau...as lágrimas marcam, tão ou mais fundo que punhais...punhais disferidos com frieza e crueldade por outra pessoa...
Choramos por alegria, mas essas vezes constituem a minoria...pois quase sempre choramos por desespero, tristeza...solidão...estas, implicam sofrimento...talvez memórias passadas...sofridas.
Eu sequei...apenas choro por um único motivo...por uma única pessoa, que agora é muito mais do que isso...muito mais do que uma pessoa. Assim, até me sinto bem comigo mesmo, deixando de chorar por motivos exteriores, guardo as minhas lágrimas para motivos que justificam-nas... neste caso, um único.
Lágrimas implicam sentimentos...tão puras gotas de água exigem razões que ultrapassam a própria razão...tristeza, solidão, gratidão ou alegria...alguém nos pode fazer chorar...uma memória ou uma música, algo que nos lembre de alguma coisa pela qual nós temos sentimentos.
Hoje em dia...apenas verto lágrimas para ti...para ti que nem este texto podes ler...pelo menos não o lês daqui...talvez o leias directamente da minha mente...onde ele existe mais transparente, menos "censurado" ou "pensado". Mas quero que saibas que este meu chorar por ti...não reflecte uma vida triste e tempestuosa...muito pelo contrário, ultimamente não tenho razões de queixa...sou bastante feliz...mas fazes cá falta, sinto falta de tudo o que rodeava à tua volta e principalmente da simples...Piedade...=')


"Para quem ama, toda a gente parte cedo demais..." Não poderia ser mais verdade!

Marcaste-me para sempre, e sem ti não seria o que sou agora...não sei se bom se mau...mas não o seria...

Venho Buscar-te Às 20h?

À Espera Na Chuva, de James M. A imagem que vês acima é uma simplória adaptação daquilo que sinto neste momento: aproveitei a foto original onde eu estava, a olhar para o infinito, e "colei-me" num jardim adormecido e que está a preto e branco, onde chove naquele momento. Para os leitores dos meus textos, posso estar a tornar-me enjoativo, de tanto escrever p'ra ti, que muito provavelmente nunca vieste cá para ler as minhas palavras. Contudo, não é por diversão que escrevo estas coisas, é só um desabafo. Pensa que isto é um diário. 'Tou a contar algo ao meu amigo. É uma realidade que este meu amigo permite que pessoas de todo o mundo, ainda que não entendam, devido à barreira linguística, olhem para as minhas palavras. Mas eu só quero escrever o que me vai na alma. Afinal, este blog é um refúgio digital em vez de manuscrito.
Vi-te pela primeira vez, e imaginei que tivesses os teus 20 e picos. Enganei-me, és apenas menos de 5 anos mais velha que eu. Não me interessa o que as tuas amigas possam dizer, a fazer suposições quando falam no teu nome. "Ah e tal, 'tás com azar, se é ela!". Balelas, é o que eu tenho a dizer. P'ra já, não digo que és tu. Tenho a certeza do que sinto, mas prefiro não admitir a muita gente que as imagens que fiz até hoje para exibir no Messenger, os textos que escrevi neste cantinho... são inteiramente dedicados a ti.
Se as pessoas forem lendo os textos, podem concluir, ou não, que já escrevi textos para 3 pessoas a contar contigo. "Ele é um playboy", podem dizer. Mentira. Simplesmente sou ninfomaníaco se não amar alguém. Mas também se os leitores considerarem que sinto isto por ti só para fugir ao desejo prematuro, estão redondamente enganados. Eles que se lembrem ou que fiquem a saber que TU és única. No princípio do texto, dizia que achava que tinhas uma idade muito superior à minha. De qualquer forma, a primeira pessoa para quem eu escrevia os textos ainda me ocupava os pensamentos. Talvez por isso, não tenha imediatamente reparado em ti. Ficaste inclusivamente a segurar-me na mão direita da primeira vez, mas duma maneira assim mais profissional, a ensinar o puto como se fazia. Ao longo do tempo, muita coisa se foi passando. Acabei por contar tudo à tal pessoa. Consegui pensar (e hoje sinto repúdio em ter feito isso) em querer de novo uma colega, e não amiga, da minha turma para mim. Uma miúda desinteressante, acabo por concluir nos dias de hoje. Também ao longo do tempo te foste metendo comigo, cada vez mais. Até que um dia senti um carinho tão grande vindo da tua parte, quando me acariciaste o cabelo e a face, sorrindo. Os dias subsequentes fizeram-me ainda mais olhar p'ra ti duma forma diferente.
Agora, o que me faz criar imagens como a do topo do artigo, e que dominam a minha mente, é se por acaso lesses este texto, que pensarias tu? Que mais cedo ou mais tarde me terias de dizer que sentias muito, mas que já tinhas namorado? Que terias de pensar e avaliar as nossas hipóteses, ou seja, que terias de aprender a gostar de mim? Que quererias já no final desta semana dizer-me o quanto me amas? Ou a pergunta que mais me persegue... Pensas em mim? É porque... Eu penso em ti, sabes? Muito. Toda a gente diz que as namoradas nesta idade são apenas experiências, e que, quando "mal utilizadas", prejudicam-nos em termos de estudo. Balelas, é o que eu tenho a dizer. É sempre a mesma história, mas à velha maneira americana, eu digo "tenho notícias para ti: sou inteligente e esperto, logo sei diferenciar as coisas, percebeste?". É isto tudo que me persegue dia-a-dia, mas quero que saibas que, mesmo não correspondido, te amo muito. Até ao final da semana... Eu espero, mesmo que seja à chuva.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2006

Passeio Por Memórias

Olho o passado...Vejo-o como uma sombra que me persegue...um vulto que me assombra. Sinto o pesar de alguns erros anteriores, o modo acutilante que algumas recordações têm de voltar à actualidade. Felizmente para mim nem todos os arquivos da minha memória são negativos, pois guardo muitas e boas recordações.
Mas as negativas, em certas alturas, tendem a surgir repetidamente. Não só me surgem enquanto estou inconsciente, enquanto me encontro num sono inocente e desprovido de protecção mental, como aparecem durante momentos mais pensativos. Nestes momentos é como se a realidade estagnasse para mim; paralisa tudo e apenas funciona a minha mente que passeia pelas recordações.
Mas nesse "passeio" pela minha mente, salta-me sempre à vista é o teu sorriso, o sorriso de quem já foi, o sorriso de quem amo muito, o sorriso dele e dela, o teu, o nosso...O sorriso...
Pronto...graças a um sorriso, a vários sorrisos, ultrapasso a minha crise passageira...e agora volto a mim mas continuo a observar os que me rodeiam...vejo rancores antigos, mágoas marcadas...e aí, limito-me a esboçar um sorriso inocente para essas pobre almas assombradas, e assim retribuo o favor que me acabaram de fazer, ao resgatarem-me do emaranhado de más memórias com simples sorrisos.

A todos que sorriram para mim, muito obrigado! Àqueles que repetidamente o fazem, Deus vos abençoe! A ti, que regularmente me fazes sorrir, eu amo-te!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2006

Soneto

Sinto-te nos meus braços de vez em quando,
Poder ficar contigo é extaseante
És como uma leve pluma caída no meu manto,
Deixas de ir embora, doravante?

Sei que são os teus olhos que me atraem
Então delinear o teu corpo é divinal
Os lábios estão perto... é para se beijarem?
Sinto calor vindo de ti, não é um mal

A minha vida sem ti permanece inalterável
Os teus olhos há muito que se desencontram dos meus
Sei que é preciso paciência

Até podes ver como tal, uma vida aceitável
Só quero voar contigo no reino dos céus
O meu coração é assim, uma exigência

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2006

Uma Pequena Passagem Pela TV

Ora então muito boa tarde, caríssimos!
Tinha já eu referido num post anterior que ambos os autores deste blog andavam por aí nos quatro elementos chave da comunicação, que são o teatro, a rádio, o cinema e a televisão. Acontece que um destes meios de comunicação com o grande público português, tanto em Portugal, como no mundo, passou-nos mesmo à frente da ponta do nariz, e não o deixámos escapar, nem pouco mais ou menos! Começámos com a televisão, na vida dos media. Uma equipa de reportagem da RTP, que soube do projecto do "Permamodel", na Antárctida, coordenado por um cientista português, Gonçalo Vieira, com quem nós fomos comunicando através da Internet, no seu diário de campanha (depois de tantas vírgulas), VEIO À ESCOLA! Escola Secundária Miguel Torga, já agora! Este contacto com Gonçalo Vieira baseou-se essencialmente numa leitura atenta das suas "peripécias" pela Antárctida, num blog (http://blog.geographus.com/permamodel) onde este foi registando os acontecimentos a mais de 13.000 km daqui, assim como foi respondendo às perguntas vindas daqui, de vários alunos da primária, Básico e Secundário.
Devo dizer que o "making of..." da reportagem foi um autêntico figurão! Já aconselhei pessoalmente a nossa "s'to'ra" de Geografia a passar a vir connosco ao Teatro da escola, o Teatro Antígona, pois as suas capacidades de representação espantaram-me "deverasmente"! Acho que quando me pediu para explicar algo com base na resposta de Gonçalo Vieira à minha pergunta no seu blog, ela ficou assim um bocadinho com medo, porque acho que eu já 'tava a começar a falar naquela minha maneira mais "pronunciada", se assim se pode dizer, não é? Mas correu bem. Fiquei orgulhoso de ter cortado as unhas nessa manhã, porque foram os mesmos dedos que dactilografaram este texto que abriram a reportagem, assim como a minha pergunta, que me pediram para repetir. Reparei que o início da pergunta (que era "s't'ora") havia sido cortado, porque supostamente eu estaria a inquirir ao Professor o que eu tinha para inquirir. Enfim, ouviram-se várias perguntas dos miúdos, tanto da nossa escola como de outras com o 1º ciclo. Naturalmente, fiquei parvo com um certo detalhe. Foi o Ricky que se viu falar, teve inclusivamente um "oráculo" com o seu nome, não é verdade? Mas pronto :P
Esperamos tanto eu, como ele, que mais oportunidades surjam para a TV; pela nossa 2ª peça no Teatro Antígona; pelas férias da páscoa, sendo na primeira semana as filmagens do meu primeiro projecto cinematográfico.
Parafraseando o "Insolente": Ora então, um grande bem haja a nós!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2006

Encantado por ti

Um olhar teu, tão abstracto, cura todos os meus males, aqueles males mesquinhos e pequenos, assim como aqueles males do coração, antigos e profundos. O teu olhar é uma melodia muito calma, um jazz, onde o piano melodioso faz-se ouvir por detrás de um saxofone melancólico. Comparo o teu olhar a um pingo de mel, suave e delicado, muito doce.
Um sorriso teu, tão radiante, apaga todas as minhas tristezas, provocadas por outros, por mim, por acontecimentos; o teu sorriso supera tudo o que me arrelia, o que me entristece, pois o meu tesouro de pedras preciosas está a exteriorizar a felicidade.
Um toque teu, tão especial, protege-me do mundo, cruel; no teu abraço sinto-me seguro, assim como me sinto forte para te proteger, nunca deixaria ninguém magoar tão especial alma como tu.
Uma palavra de carinho tua representa o mundo para mim, já que dou por mim a viver um sonho, bem real.
Deixo-me encantar mais e mais por ti, a cada dia que passa, a cada bocadinho de ti que descubro, a cada beijo que me ofereces, a cada toque, a cada olhar. Cada vez mais eu sinto o quanto abençoado fui, por ti.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2006

A Tua Beleza É Soberba

Meu Amor, hoje não vamos poder estar juntos, e mesmo que estivéssemos, não te teria ao meu lado, pelo menos ainda, como a minha namorada, que eu tanto anseio que sejas.
Hoje em dia olho para ti e deixo de pensar em tudo, e ao mesmo tempo, nada...! São tantas as coisas que me prendem a ti perpetuamente, e dou-me extremamente feliz por isso, minha querida...
Se te visse mais vezes, com certeza admirar-te-ia mais e mais, de dia para dia, porque, embora eu já tenha ouvido muita gente dizer "a minha namorada é a mulher mais linda que alguma vez vi!", sou sempre obrigado a discordar por tua causa, pois é com todo o amor que tenho por ti e pela sinceridade que o sustenta, que digo que tu suplantas qualquer uma delas, por muito que sejam bonitas, tu és quem mais me faz corar. Estar na tua presença, deixa-me a pender para dois lados: Ora fico extaseado só de te poder tocar e matar as saudades de não te ver há uma eternidade, que para outros possivelmente seria pouco tempo, ora fico "despalavreado", porque é isso que fazes. Tenho um certo receio de me denunciar a ti ao ficar boquiaberto de tanto olhar para ti e me sentir confortável com a ideia de te querer para minha mulher. Isto porque... simplesmente não sei se és capaz de sentir o mesmo que eu sinto por ti... Mas não importa, eu espero o tempo que for preciso para que aprendas a gostar de mim e levar-me à noção de felicidade a dois, durante muitas décadas de paixão!
Estive a pensar num presente possível para ti, se estivéssemos juntos... Quero e posso dar-te tudo, mas não posso dar-te nada... Aquela ideia de jantar fora no restaurante mais caro e mais romântico da cidade, ou sermos rebeldes e irmos a uma pizzaria, são coisas em que pensei, com base na minha imaginação que neste caso não foi tão fértil quanto isso, e nas ideias de amigos meus. Mas não consegui... que posso eu fazer para te surpreender? Acho que na situação em que estamos agora, só sou capaz de te presentear com uma coisa que tu já és, mas que é muito simples, não tem nada de folclórico, e que calha sempre bem. Uma bela duma rosa, se calhar com um bilhetinho meu atado. É difícil escrever tudo o que há a escrever num simples pedaço de papel decorado, mas há que conseguir resumir as "milhentas" palavras que te descrevem na perfeição. É praticamente impossível, eu sei... Mas espera! E então a pergunta que eu mais gosto de fazer?! Vamos dançar? Nem vamos sentir os pés depois de tanto nos movimentarmos, porque na verdade, tal como sonhei contigo noutras histórias, vamos voar... Uma, duas, e tantas vezes quanto for necessário. É a ti que amo, e nada pode mudar isso.
O teu sorriso, que sai da expressão dos teus lábios para encarnar os meus que às vezes estão tristes só de pensar em impedimentos do nosso amor, os teus olhos, que penetram de uma maneira tão carinhosa os meus, a tua face fofinha, o teu corpo e o teu carácter só intensificam ainda mais uma coisa que já possuo há 3 anos, mas que nunca antes foi tão exaltada... a minha loucura, que agora só é dirigida a quem eu amo mais... é a minha loucura por ti!
Amo-te muito, meu amor mais fofo :D

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2006

Uma Crónica, Para Variar

Longa Vida Ao Papa!

Não, não pretendo planear um ataque ao jovem chefe da Igreja do presente.
Apenas andava à procura de algo deveras hilariante para consumir em forma de leitura, quando me deparei com a notícia com o título «Antigo Volkswagen Golf de Ratzinger vendido em leilão por €192,000». O título original não é assim, mas transmite o mesmo significado.
O antigo cardeal, agora Papa, Joseph Ratzinger está no Vaticano há já muito tempo, muito tempo! Ele possuía um carrito quando ainda andava pela Alemanha, um simples Golf (claro que a marca é alemã, não é?), e vai-se embora para Roma, vendendo-o.
Ora então não é que um jovem compatriota de Ratzinger decide tornar-se independente dos papás, e a primeira coisa que faz é comprar um «popó», ou melhor, um «tchaço» a cair de podre?
Deveras impressionante, diga-se de passagem. Começa a estudar, se calhar até arranjou trabalho e estuda ao mesmo tempo para aquele que vai ser realmente o «ganha-pão» do gajo, obviamente vai ter de arranjar um transporte seu.
Ah e tal, descobriu que o carro tinha pertencido ao actual chefe da igreja católica, pronto. 'Bora lá vender e fazer dinheiro com isto. Já não via nada assim de tão impressionante desde que um camarada meu conseguiu a proeza de espirrar e arrotar ao mesmo tempo.
Ora então, longa vida ao Papa, que à custa da sua imagem Nazi fez um alemão, já agora o nome é Benjamin (lê-se Beniamin) Halbe, rico por leilão.
Isto poder-nos-ia levar para outros extremos, tais como: os Alemães são aqueles que mais ganham fortunas com biscates (isto se claro, não contarmos com o Nuno Rogeiro)!
Ainda no outro dia passou, provavelmente em todo o mundo, a notícia de que mais um Alemão tinha ganho p'raí €11,000 ou o que é que foi num leilão da eBay. Este é um site onde qualquer um pode ficar rico até por vender apenas um braço de uma Barbie.
Papéis de selecção das equipas p'ró mundial, ou o que quer que seja foram deixados de lado como se não valessem de nada, no sitío onde se fez o sorteio. Acontece que, sendo os Alemães mentalmente mais avançados em toda a Europa, o jovem germânico agarrou naqueles papéis e pronto. eBay.com !!!
Ora então um grande bem haja aos alemães!

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2006

Questões Polémicas - Discriminação


Venho-vos falar, ou escrever, de um assunto muito polémico, que mesmo no séc. XXI ainda não é uma questão ultrapassada, a questão da discriminação; e não só racial, como sexual, religiosa etc...
Devo dizer desde já que eu sou fortemente contra qualquer tipo de atentado à dignidade e à vida humana, achando por isso revoltante qualquer forma de discriminação!

Começemos pela mais falada actualmente, a discriminação sexual, ou melhor a discriminação por causa da sexualidade de cada um. Ora o fim da frase diz tudo, de cada um; é verdade que vivemos em sociedade, mas apenas acho mal o que poderá prejudicar a sociedade, então a escolha de cada um de beber café de manhã ou beber sumo não afecta ninguém, isto para dizer que as escolhas são de cada um, e quem escolhe ser homossexual ou não, não é por isso que é inferior a outros! Acho deveras estúpido, perdoem-me a expressão mas adequa-se ao caso, alguém ser posto para trás ou ser privado de direitos só porque é gay ou lésbica! A questão do casamento, por exemplo, já é um assunto ultrapassado pelas sociedades, não só tecnologicamente, como mentalmente avançadas, sendo o nosso país um antro de ignorância, ainda impedindo que duas mulheres, ou homens, se juntem no papel, quando na vida do dia-a-dia já estão juntas! Compreendo a proibição do casamento pela Igreja, isso é compreensível já que a Igreja actual é ainda mais retrógada do que era na Idade Média (pelo menos já não queimamos bruxas); mas agora, proibír duas cidadãs de se casarem pelos papeis é uma atitude repudiante, já que infrige os direitos que cada um tem à liberdade de escolha, na qual se insere a escolha da sexualidade! E este aspecto não diz só às escolhas de sexualidade, mas também à discriminação das mulheres, ou homens (passa-se menos mas acontece ainda). Ninguém pode escolher com que corpo, ou sexo, irá nascer, por isso ninguém pode discriminar uma pessoa por ser isto ou aquilo; além disso todos nós somos capazes das mesmas coisas, talvez no campo físico não (dificuldade muitas vezes ultrapassada por mulheres) mas de certeza que no campo mental todos nós (homens e mulheres) somos capazes de bons resultados, e por isso não vejo qualquer razão à discriminação sexual!

Em seguida passo para a discriminação racial, a atitude mais retrógada e ignorante alguma vez tomada (ah não a mais ignorante foi pôr um bando de pessoas com tempo livre a mais numa casa e filmá-las 24 horas por dia). Repudio bastante quem discrimina alguém só por causa das suas raízes ou da sua côr de pele. Acho isso uma forma de pensar, quer dizer acho isso uma forma de não pensar, pois quem pensa deverá ser minimamente inteligente para não fazer julgamentos por causa da côr de alguém. Aliás, a raça humana (sim, porque não existe a raça africana, a raça asiática...só a humana!) começou em África, isto é a origem de todos nós é, em absoluto, na África; então porque é que as pessoas dizem "vai pá tua terra"? Só demonstra burrice e falta de conhecimento do quer que seja!

Por fim refiro-me brevemente à discriminação religiosa, actualmente mais identificável na Irlanda e nos países Árabes. Mais uma vez defendo a ideia que qualquer atitude contra a dignidade e vida humana é condenável. Com isto quero dizer que nenhuma religião se deve achar superior à outra, sendo a religião como um assunto que diz respeito à fé de cada um, que diz respeito ao que cada um acredita, ou seja, sendo a religião subjectiva a cada um, ninguém pode ser discriminado, uma vez mais, pelas escolhas que toma nem pelas crenças que tem! Mas nenhuma religião tem o direito de tomar alguma atitude contra a dignidade e vida humanas!

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2006

O Primeiro...

Bem que gostaria de poder dedicar este texto a alguém... :)

De entre tantas pessoas, descobri-te a ti.
Não fazia ideia, que um dia mais tarde, estaríamos juntos.
Conheço-te há já muito tempo, e nos princípios da nossa relação, olhava para ti com receio, não sabia quem tu eras. Hoje já te conheço melhor, muito melhor, ao ponto de saber que é contigo que eu quero ficar, e que nada consegue destruir a nossa relação, que agora sim, conheceu a sua liberdade, sem repressões que a pudessem impossibilitar.
Lembro-me muito bem quando nos encontrámos pela primeira vez, com muita gente à volta. Ainda hoje fazemos exactamente a mesma coisa, sem que os nossos olhares cúmplices nos denunciem... Enquanto brincamos e rimos ao mesmo tempo que os outros, mas não digas a ninguém! Sch! É o nosso segredo!
Nesta nossa comunidade, fizeste um gesto, um dia. Não percebi o que querias dizer, mesmo estando a olhar para mim. A princípio, pareceu-me um coração. Mas de tão pequenino e apertadinho que era, pensei duas vezes. Na altura não sonhava sequer que te poderia ter nos meus braços. «Como era possível?», pensava. Mas depois de dar corda aos neurónios, é que me apercebi.
Não sei se já antes tinhas sentido o que isso era. Eu pelo menos, não. Suponho, apenas. Fico a imaginar bons momentos amorosos, entre mim e a mulher da minha vida, que quando percebi o que tinhas expressado, soube que eras tu. Deve ser mágico poder passar de gestos para o toque, um no outro, e um no outro. Eles fazem-nos sentir bem, seguros de que é a nós que queremos.
Mas como te dizer? É difícil, sabes... Até porque nenhum de nós quer dar o primeiro passo. Mas porque não, se temos tanta certeza? Olhos nos olhos, mãos dadas. E nada... Pura e simplesmente, nada. As palavras nem sempre são a chave para abrir um coração com uma fechadura trabalhosa... Pelos olhos que me penetraram o olhar, fiquei a perceber... Sabia qual era a chave. Passo a passo, caminhámos em frente, um para o pé do outro. E do nada, assim aconteceu. Em pleno Inverno, sentiramos algo como nunca antes, que nos aqueceu. Agora percebo, não só pelo que aconteceu, mas pelo teu interior e exterior, que és tu.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2006

Felicidade

A felicidade é um conceito relativo, primeiro porque nem um conceito é, talvez mais um sentimento, uma forma de nos sentirmos. Mas o que é que nos dá o dom de sermos felizes? O que nos põe um sorriso na cara constantemente? O que é que poderá causar este sentimento tão anseado?

Para muitos este sentimento é "fornecido", ou seja, para muitas pessoas o que causa a felicidade são objectos, pessoas tão fúteis essas, que ficam felizes por causa de objectos, por causa de materiais, tão limitados.
Pessoalmente, nunca acreditei que um objecto pudesse nos dar um dom tão belo e precioso. Sempre achei que esse sentimento vinha de dentro, e poderia ser causado por coisas simples aos olhos de outras pessoas, mas importantes aos meus. Um sorriso, um belo gesto que exterioriza a felicidade, e que consegue pôr outras pessoas felizes também. Quantas vezes é que não ficaram mais animados ao verem um sorriso duma criança a brincar com outras? Eu já perdi a conta...Mas não só, um gesto de amizade entre amigos, um reencontro entre velhos amigos, ou entre uma família separada...Um belo pôr do sol...Uma brisa de primavera...
Tanta coisa simples que me faz feliz...e que nos faz feliz! Então para quê entristecermo-nos perante assuntos vulgares, problemas do quotidiano, que apesar de massadores, são facilmente ultrapassados pela visão de tudo o que há de bom na vida.
Actualmente não podia estar mais feliz, acho que rebentaria se isso acontecesse! Estou feliz, não só porque vejo constantemente aquilo tudo, mas também porque uma pessoa, única de tão linda e muito especial, me demonstra sentimentos todos os dias, sentimentos lindos que me fazem sorrir constantemente. Graças a ti, eu estou e sou feliz...os problemas do quotidiano, da rotina, são formigas quando comparados com a felicidade que me ofereces.
O teu toque, a tua voz, o teu sorriso, o teu olhar, o teu cheiro, a tua pele, os teus lábios, tudo tão especial e perfeito. Fazes-me bem, muito bem! És, de certeza, a mulher da minha vida!


Adoro-te muito *