domingo, 28 de setembro de 2008

Esta é a quarta vez que escrevo alguma coisa e que depois apago tudo de novo. Pões-me a assim: sedento de transbordar toda esta intensidade para fora duma forma caótica, duma forma apocalíptica!
Já mudei 6 vezes a música de fundo, em busca de uma que fizesse com que as palavras que deambulam no meio do meu córtex cerebral se organizassem sozinhas.
Sinto-me um tolo completamente apaixonado por um ser superior! Sinto-me um puto, caidinho pela rapariga mais linda da turma! Sinto-me um empregado de limpezas, perdido de amores pela chefe da empresa.
A diferença entre mim e estes exemplos clichés é que os meus lábios já provaram os teus, a minha pele já se deliciou com a tua, o meu corpo já estremeceu com o teu.
A diferença entre um sonhador louco, que imagina todas as fantasias possíveis com a sua musa, que fabrica longas-metragens bem dentro do seu consciente… A diferença entre mim e ele é que eu já sonhei com poucas esperanças de realizar os sonhos, tal como ele, mas agora sonho com todas as certezas que as tuas mãos me dão quando passam vagarosamente pelas minhas.
E tudo o que eu quero, neste momento mais feliz da minha existência, é que tu alcances aquilo que todos buscamos, a felicidade suprema. Tudo o que eu quero é que tu alcances esse estado utópico. E isto não se trata de altruísmo, isto trata-se de egoísmo puro! Trata-se de narcisismo vil! Quero isto com tanta força, já que vivo na esperança de poder ir roubando alguma felicidade transbordante do teu cálice. Não sou altruísta, sou um pobre ser, completamente enamorado de ti, completamente inebriado pelos teus encantos que se viciou de tal forma, que já não passa sem a tua respiração no seu pescoço, que já não passa sem o teu olhar perfurante, que já não passa sem o teu toque de mel, que já não passa sem a sensação de puro e perfeito bem-estar que lhe dás… que me dás!
É que é mais do que bem-estar… Bem-estar alcança-se em casa a ver um filme, bem enterrado no sofá; bem-estar alcança-se com uma actividade qualquer.
O que tu provocas em mim é uma sensação de leveza, de paragem total no tempo! Como quando a água do mar está exactamente à mesma temperatura que o teu corpo (elevada, por sinal!) e tu te deixas pairar dentro de água… Chegas a um momento em que não te sentes, mas não sentes água também, não sentes vento, chegas a um estado totalmente imóvel e inerte, mas no entanto, um estado de total comunhão e harmonia, dentro e fora do teu corpo.
E o que tu me provocas tem isto tudo, esta sensação quase paradisíaca, e tem uma sensação de montanha russa de sentimentos, emoções, desejos, ansiedades! Um vendaval de desejos ardentes, de desejos aparentemente inatos! Provocas turbulência, mas um tipo de turbulência gostosa, deleitosa, uma autêntica tempestade, repleta de imensos trovões, relâmpagos e um fantástico espectáculo de luzes e faíscas!
És … Estive atento ao relógio e passaram-se 5 minutos sem que eu conseguisse colocar um ou dois adjectivos qualificativos à frente daquela forma verbal do verbo “ser”… Tu és … E agora na minha mente caí em cliché, um inevitável… Tu és, para mim … E agora sinto-me totalmente seguro do que vou dizer …

Tu és, para mim, o ser mais humano que eu alguma vez imaginei!

Quero-te duma forma que não pensei possível ao homem!