sábado, 29 de julho de 2006

Ela...Vista Da Árvore!

Acordo para a vida...no sentido literal da expressão, pois estou a acordar precisamente neste momento. O meu cérebro é incrível - modéstia à parte - mas nunca deixa de funcionar: estou sempre a falar comigo mesmo, a divagar teorias para o meu outro "eu" ou outros teoremas estapafúrdios...
Seja como for, uma pessoa tem sido presença constante nos meus pensamentos: Aquela "visão" do outro dia que nunca mais me deu o prazer de a "ver"! Já não peço mais nada! Apenas poder vê-la mais uma vez, já que falar com ela talvez seria pedir demais!
Bom, é melhor deixar-me de conversas solitárias; ainda acabo por dar em doido! Vou seguir com a minha rotina: toca a ir à casa de banho lavar-me, depois segue-se um belo pequeno-almoço e mais tarde vou ao parque! Sim, estou a gostar desta minha faceta...mais...disposta a estar ao ar livre. Sempre fui imensamente caseiro mas agora, sinto que aquele parque é a minha verdadeira casa!
Depois do percurso de sempre, pelo qual já fiz algumas amizades, instalo-me no meu local favorito deste parque: a bela da macieira!
A sombra desta árvore é bastante abrangente: posso-me deitar todo esticadinho ao meio-dia que continuo com todo o meu corpo à sombra. Só quando o sol se põe mais à tardinha é que a copa dá espaço para alguns raios laranjas atravessarem-na. Mas até que sabe bem. O sol, já sem força para nos queimar, apenas a fazer festinhas na nossa face muito ao de levezinho!
Ai, que bem que sabe estar aqui...quase que podia adormecer aqui...quaaa...Perdão...quaaa... - Adormeço.

Adormeço e caio num sono profundo, resguardado pela minha árvore. Desde pequenino, apenas consigo dormir se estiver bem aconchegado pela roupa da cama e agora, completamente descoberto - apenas tapado pela roupa do corpo - adormeço, como se se tratasse de Inverno e eu estivesse completamente enrolado nuns lençóis e numas quantas mantas!
Sonho com muita coisa...sonho muitas vezes, quero dizer; porque neles todos apenas apareces tu. Ou ela, como vocês quiserem...

Aaaahhh - Um bocejo profundo seguido de um estiramento de todos os músculos, espreguiço-me - Que bem que dormi.
Ai que horas são? O quê?! 19.00 da tarde?! Dormi tanto...bem que eu me sentia cansado...agora sinto-me com fome...
Vou comer qualquer coisa!
Ah... - paro por uns momentos espantado - Mas que vejo eu ali? É...Será?...Só pode ser! É ela, a visão que me atormenta de uma forma doce todos os meus dias, desde aquele bendito em que a vi!
A beleza dela aumentou ainda mais, ou então serão as minhas saudades que a multiplicam! Não interessa! Ela é tão bela...
Começo novamente a ralhar comigo mesmo: chamo-me de cobarde...como é possível gostar tanto de alguém sem sequer ir ter com essa pessoa? Vai estúpido...fala com ela! Vai!
Mas...mas que é isto? Ela dirige-se na minha direcção...ela dirige-se para aqui...Sim ela olha para mim neste momento! Será...? Não pode...Como posso ser eu tão utópico: como pode vir tamanha beleza daquelas conhecer-me?! Logo a mim?! Que de tão desinteressante que sou daria um bom bengaleiro!
Não não é essa a intenção dela...De certo que n...
- "Olá" - recita ela numa voz poética de tão doce que é. "Olha, desculpa vir ter assim contigo...eu não te conheço de lado nenhum...apenas te vi no outro dia aqui no parque e...surpreendentemente, porque não sou pessoa para isto, mas...olha...sabes?...err...Eu...
- "Oi" - hesito eu numa voz pouco confiante. "Também te vi nesse dia...e tenho esperado ver-te em todos os outros! Esperado é dizer pouco...desejado! Ansiado, sim é mais correcto! Não paro de pensar em ti sem sequer saber o teu nome! Tu permaneces na minha cabeça como o ritmo de uma bosa nova! A tua beleza é mais contangiante que a gripe das aves e penso mais em ti do que em sexo! Coisa que deveria estar nos "tops" da minha mente, até por causa da idade por que estou a passar! Durante estes dias todos tenho estado irritado comigo mesmo, por não ter tido a coragem de ir ter contigo naquele dia, e quase que me queria auto-castigar com a tua ausência permanente! Mas..." - Declamo eu tamanha declaração saída do nada, pensada e sentida no momento, até ser interrompido por um beijo profundo e forte, tão forte que quase nos magoamos nos dentes um do outro...mas forte duma maneira apaixonada!
- "Sim" - responde ela a nenhuma pergunta e a todas! "Dir-te-ei que si a qualquer pergunta que me fizeres neste momento!"
- "Duvido" - digo eu.
- "Então porquê?" - admira-se a rapariga.
- "Como te chamas?" - pergunto eu com um sorriso a querer saltar à vista.
- "Isabel" - responde ela, à minha pergunta e ao meu sorriso.

E num momento eu percebo que todas as minhas buscas cessam! Nesse mesmo momento compreendo também aquilo a que todos chamam por amor à primeira vista...Será que existe? Eu propriamente não sei; mas gosto de pensar que sim...

E é então que esta bosa nova acaba...Este ritmo meloso e preguiçoso dá lugar a um silêncio acolhedor...mas não por muito...tempo...

Interrupção Da História Para Uma Breve Mensagem

"a minha escola...
Ricardo
Ser o primeiro em tudo é obra!
O primeiro filho, o primeiro neto, o primeiro sobrinho, o primeiro em Português, Inglês, Matemática e demais disciplinas. O primeiro no coração de muita gente. Mas não te assustes ou esmoreças quando fores o último em tantas outras coisas, (nas filas dos transportes públicos e repartições de finanças, na caixa do supermercado e do banco). É que, sabes, ser o último às vezes é como também ser o primeiro. 'The last, but not the least'
Feliz Natal"
Esta mensagem desencantei eu de uma caixa com outros pertences meus, mais pessoais, enquanto procurava por umas fotos.
Trata-se de uma prenda que recebi no Natal. Foi a minha única tia verdadeira que me ofereceu tão bela mensagem!
E agora publico-a eu aqui. Acredita que para sempre recordarei estas palavras!
Beijinho**

sexta-feira, 21 de julho de 2006

Ela...Vista Da Árvore!

Passaram-se duas semanas...E nunca mais pensei naquela...naquela..."visão" que tive no parque! Nunca mais...pronto tirando agora para vos contar, mas desde então nunc...aaahh...Quem é que eu quero enganar?
Esta expressão está um pouco "batida" mas adapta-se totalmente: "Ela é o meu primeiro pensamento ao acordar e o meu último ao adormecer"...e o sentimento por ela cresce até enquanto durmo! Que raiva! Desde que a vi já julguei voltar a vê-la pelo menos umas 20 vezes: espécimens femininos quase tão perfeitos quanto "ela"...mas quase...O "quase" é uma pincelada de tinta negra no quadro da "Mona Lisa"! O "quase" é uma folha rasgada na Bíblia! O "quase" é um minuto retirado à Nona Sinfonia de Beethoven!
Mas dou-me por vencido depois de ralhar comigo mesmo por 5 minutos...De que vale a pena? Não vale! É tempo desperdiçado! Mais vale que vá ler alguma coisa; ver televisão é que não! Essa caixa falante que eu ainda não compreendo lá muito bem...Hipnotiza todos e mais alguns que permaneçam a olhar para lá mais do que uns quantos minutos...mas que perda de tempo...para isso prefiro ficar a olhar para um pássaro...ou para uma árvore em constante movimento...tanta tranquilidade que uma árvore me transmite: balança, calmamente, de um lado para o outro, ao sabor do vento, que apenas se faz sentir numa leve e suave brisa de verão.
Hoje o tempo está mais amigável para comigo, corre um "arzinho" fresco que limpa as gotas de suor ocasionais que escorrem pelo meu rosto.
É isso! Vou sair um pouco...vou instalar-me no parque; tanto que gostamos um do outro! No outro dia, da macieira que me abriga do calor, caiu uma maçã mesmo ao meu lado...mais um pouco ao lado e acertava-me na cabeça! Mas quase que posso jurar que aquele fruto foi uma espécie de oferta da árvore! Chamem-me de doido, mas foi tão oportuno o momento...nem tinha tomado o pequeno-almoço nem nada...
Bom, a caminho me ponho, não de Viseu, mas do meu querido parque...no pensamento levo sempre aquela musa inspiradora...Será que voltarei a vê-la? Serei assim tão sortudo?
Duvido...não é que eu não acredite na sorte, mas essa já não me sorri há bastante tempo...nestas semanas, que passaram de uma forma tão devagarosa que pareciam-me castigar pela minha hesitação toda, não retornei a deslumbrar-me com aqueles cabelos castanhos esvoaçantes; com aqueles olhos côr-de-amêndoa...Sim, houve um momento...muito breve em que olhámo-nos olhos nos olhos...acho que foram os dois segundos mais felizes da minha, ainda curta, vida! Aqueles olhos transluziam a alma pura que existe n"ela"...transcendiam bondade e ao mesmo tempo algum mistério atraente e sedutor...
Chega! Basta de pensar em utopias...em sonhos mal-amados! Não posso viver um sonho...amar uma visão...
Vou é pôr-me no meu ramo favorito, e ficar a olhar as outras pessoas! O meu passatempo predilecto...
Olha, aquela rapariga acabou com o namorado de uma forma tão superficial...aposto que "ela" não faria isso..."Ela" é especial! Aquele rapaz falou de uma forma tão rude com a sua avó..."Ela" nunca faria isso! Um anjo que não consegue falar mal a ninguém...
Depois de mais uns quantos minutos nisto percebo que o que tanto gostava de fazer perdeu a graça...completamente! Não consigo evitar as comparações com aquele ser tão translúcido na minha mente mas tão marcado no meu coração! Não paro de comparar tudo e todos ao expoente máximo da perfeição! Até o faço com a natureza que me rodeia...
Durante outros 5 minutos uma parte de mim ralha comigo mesmo...mas a maioria do meu "eu" apenas consegue pensar nela...
Que irónico...tanto que gosto d"ela"...tanto que digo que "ela" é perfeita, pelo menos aos meus olhos...tanto que "a" conheço...que nem o nome d"ela" eu sei...

quarta-feira, 19 de julho de 2006

Ela...Vista Da Árvore!

É Verão...um dos Verões mais quentes que passei!...apesar de não ter passado tantos assim...
Raramente saiu à rua, por opção, já que não aguento o calor seco e arrebatador que se faz sentir! Comparo andar na dita cuja com este calor a uma travessia pelo deserto...so faltam mesmo as miragens!
Mas agora vou aventurar-me por esse deserto de betão e alcatrão, porque preciso de apanhar ar...estou trancafiado em casa à tempo demais, começo a pensar em coisas absurdas; sempre o fiz mas a falta de sair só me piorou os pensamentos.
Não posso dizer que estou a respirar ar fresco...o ar que rasteja pelas minhas narinas é abafado, quente e seco...quase que me parece triste de tanto ser "violado" por gases de todos os tipos e cheiros! Como as pessoas são irresponsáveis...Como podem elas passearem-se por esses carros estupidamente caros e preocupantemente poluentes?! Não as percebo...Damos tanto valor ao primeiro passo para depois o trocarmos...por isso...
Continuo nesta minha jornada "escaldante", que de desafiante nada tem!
Vagueio pelo meu quarteirão...não conheço bem esta cidade, apesar de aqui viver desde que nasci...nunca me dei ao trabalho de a "descobrir"...
Preguiça? Talvez... Medo? err...Medo das pessoas não! Parto sempre do princípio que quem não conheço é a melhor pessoa do mundo...até a conhecer! Medo da própria cidade...não sei...Quando a olho à noite pela minha janela, ela lança-me uns olhares ameaçadores...Talvez seja só a minha imaginação, mas com ela já fui à lua...por isso...
Ando bastante devagar pela sombra, fugindo do Sol que se faz sentir cruel hoje! Aconchego-me num dos ramos de uma enorme árvore no meu local preferido do meu quarteirão: o parque!
Pequenino demais para jogarem aqui à bola e grande o suficiente para eu poder estar aqui, acompanhado pelos meus pensamentos, sem ser perturbado por ninguém; ele sim é amável comigo!
Daqui de cima tenho uma vista previligiada do parque; vejo tudo e todos. Adoro reparar no que as pessoas fazem quando estão sozinhas: algumas falam para elas mesmas, outras permanecem todo o tempo caladas; umas esperam por alguém, outras choram pela ausência de uma pessoa querida...No fundo todos temos alguém, de quem gostamos e que gosta de nós! No fundo, para além de termos em comum a pertença à mesma raça, temos também a certeza de termos nascido, de que um dia morreremos e de que existe alguém neste mundo que significa esse tanto e muito mais!
E é quando chego a esta "enorme" conclusão que, de uma forma maravilhosamente irónica, deslumbro a minha vista com a melhor aparição da minha vida: não, não falo da aparição de Fátima, mas de um ser perfeito logo à primeira vista!
Um ser feminino sem ser em demasia, de figura esbelta, podendo ser comparada a princesas da Idade Média; mas, e até desta distância percebo isso, com uma inteligência exorbitante, misturada com esperteza funcional, um pouco de subtileza...subtileza...subtil, vá; de certo a melhor pessoa que já alguma vez conhe...vi!
Pois é! Percebo agora que apenas a vejo, de uma distância reconfortante, qual cobarde! David escondeu-se de Golias? Hércules escondeu-se das suas tarefas? O Bugs Bunny esconde-se do caçador? Pois, não! E eu...eu seguirei os exemplos dos meus heróis de histórias "fabulásticas", que tantas vezes me foram contadas pelos meus heróis de carne e osso!
Mas não hoje...hoje...sinto-me..um pouco constipado! Sim, é isso! Já sinto a garganta a arranhar-me...
Hoje não é uma boa altura; ainda tinha o infortúnio de lhe espirrar para cima!
Não, está na altura de retornar a casa, porque depois de tantas emoções necessito de um pouco de descanso.

PS: Talvez continue esta "historieta"...quem sabe?

terça-feira, 18 de julho de 2006

Foste...És...Serás...

Vi um filme, um óptimo filme, que falava sobre um escritor. Ele, já nos seus 50 e muitos, tinha escrito um romance que revolucionou a escrita desse tipo de livros, um livro que marcou verdadeiramente a história! Mas depois dessa obra-prima nunca mais escreveu! Tinha publicado aquele livro e desapareceu!
O filme envolvia esse escritor e todas as suas manias: nunca saía de casa, era um adorador de pássaros mas apenas os via com os seus binóculos da sua janela, sem nunca sair de casa, entre outras; e envolvia também um rapaz, nos seus 16 anos, afro-americano. Ambos viviam num dos bairros mais problemáticos da América: viviam no Bronx!
E esse rapaz adorava escrever, e um dia conheceu esse escritor, depois de muitas peripécias.
Mas escrevo isto tudo porquê? O escritor, muito bem representado por Sean Connery, disse: “O verdadeiro segredo da escrita é…escrever!” e “Quando eu escrevo apenas deixo que os meus dedos me levem para onde eles me quiserem levar, escrevo o que sinto!”
Eu adoro escrever…liberta-me de todos os defeitos desta vida e do mundo. Na escrita eu, se quiser, posso solucioná-los! Posso voar sem asas, viver debaixo do mar sem guelras, correr sem pernas…qualquer coisa que a minha imaginação me dite!
E, ironicamente, sempre que me encontro com estas mesmas teclas debaixo dos meus dedos; sempre que arranco uns minutos à tão exigente rotina que me assombra até nas férias para escrever algo; sempre que me deixo levar pelas minhas mãos encontro-me contigo na minha mente, no meu coração…
Dou sempre por mim a relembrar-me do teu toque: tão especial que era…que é…não interessava nada mais quando a tua pele sedosa tocava na minha… O tempo parava quando tal sucedia! E ainda pára…
De repente, perco-me no meio de memórias de tão doces que são, e paro…de bater nestas teclas, de certo, já doridas de tantas horas que carregam em cima. Paro, e mergulho num mar de lembranças, de pequenos momentos que ficaram gravados na minha memória. Tão pequenos que para todos passariam despercebidos…para quem tu não significasses o mundo, esses momentos seriam esquecidos! Mas eu recordo-os “microscopicamente”! Recordo a forma como te mexes, a forma como falas, o teu cheiro, o teu toque…O teu sorriso está para sempre gravado em mim…
Sempre que aqui venho para escrever, para soltar todas as frustrações do dia, da semana, do mês, do ano…sempre que o faço…apareces tu, qual brisa subtil de Primavera, qual chuva repentina e avassaladora dos trópicos!
Usurpas-me a mente, o coração e a alma sem pedir licença…Mas não me importo, até gosto que apareças sem avisar, que me relances um sorriso antigo, que me passes a tua suave mão pela cara de uma forma despudorada, novamente…Mas eu gosto, desse teu à vontade comigo, dessa tua confiança em mim. Enfim, eu gosto de ti!

PS: Momento de "desinspiração"...peço perdão!

sábado, 15 de julho de 2006

Um Sonho, Um Sorriso

"- Estou cansado" - disse eu - "Vou para a cama mãe...beijinho" - e depois de um beijo portador de um tipo de amor puro, depois de um abraço, como se eu tivesse medo de aquele ser o último abraço, fui descansar...para a cama, que tantas vezes me conforta sem sequer dizer uma palavra; apenas moldando-se ao meu cansado e dorido corpo, de uma forma que me faz dormir em plena paz.
Já me disseram muitas vezes que os sonhos têm um significado...então qual é o significado para a ausência deles? Que significa dormir de uma forma quase "morta", num fundo negro de escuridão? Terá algum significado especial o facto de todas as noites desde há muito tempo eu passar as noites em branco...sem sonhos nenhuns?
Deve ter...mas não gosto disso...acho que houve um dia em que a minha felicidade ficou reduzida, como se perdesse uma parte de mim...
Mas naquela noite aconteceu uma coisa fora do comum, na minha rotina nocturna: Eu...sonhei! Sonhei e lembrei-me do dito cujo na manhã a seguir, e o sonho foi tão marcante que ainda não me esqueci dele e duvido que alguma vez o esquecerei...
O sonho começou de uma forma muito simples: Estava a andar pelo mesmo caminho que tomo quando volto da escola em direcção à casa da minha avó, com os braços de uma maquineta enfiados pelos meus ouvidos de forma a que me dê música; quando vejo ao meu lado uma rapariga, sem dúvida a mais bela que algum dia vi...sem ver...
Ela era morena, como sempre o fora, com os cabelos escuros e de olhos não apenas castanhos...cor de amêndoa, sim é o termo mais correcto; magra sem ser em demasia e não muito alta...1m e 65 talvez...
Ela estava ao meu lado cantarolando euforicamente a mesma música que passava nos meus ouvidos e que emanava do braço da máquina que baloiçava como um pêndulo. Pelo que me recordo eu nem gosto da música mas, ironicamente, naquele sonho gostava...
É então que me viro para ela, com o phone na mão, e ofereço-lho para ela disfrutar da música comigo. Ela aceita, um pouco envergonhada por ser descoberta, já que estava cantarolando e dançando aquela música de uma forma tão absorta que nem reparou que eu reparei nela!
A rapariga, ironicamente, toma o mesmo caminho que eu para sua casa, e quando ela lá chegou já eramos amigos de décadas...mas eu não sabia o seu nome...
Ela despede-se de mim, na porta de sua casa, e fecha-a devagarosamente, dando-me a ideia de que se importava, tanto quanto eu, de ficar mais umas horas a conversar comigo!
Com esta ideia na cabeça decido aproximar-me da sua porta e antes de eu bater nela, a mesma rapariga abre-me a porta...como por magia advinhou que eu lá ia, armado em cavaleiro andante!
Depois de mais umas quantas palavras fúteis, como "Olá" e uns quantos "err", pergunto-lhe pelo seu nome...como se fosse um dos enigmas do ser humano, como se a resposta à dita cuja fosse alterar a minha existência!
"- Olha, não me disseste o teu nome...Como te chamas?" - pergunto eu, hesitante.
"- Inês" - sorriu ela.


PS: Olá =) voltei, e quero voltar...