sábado, 15 de julho de 2006

Um Sonho, Um Sorriso

"- Estou cansado" - disse eu - "Vou para a cama mãe...beijinho" - e depois de um beijo portador de um tipo de amor puro, depois de um abraço, como se eu tivesse medo de aquele ser o último abraço, fui descansar...para a cama, que tantas vezes me conforta sem sequer dizer uma palavra; apenas moldando-se ao meu cansado e dorido corpo, de uma forma que me faz dormir em plena paz.
Já me disseram muitas vezes que os sonhos têm um significado...então qual é o significado para a ausência deles? Que significa dormir de uma forma quase "morta", num fundo negro de escuridão? Terá algum significado especial o facto de todas as noites desde há muito tempo eu passar as noites em branco...sem sonhos nenhuns?
Deve ter...mas não gosto disso...acho que houve um dia em que a minha felicidade ficou reduzida, como se perdesse uma parte de mim...
Mas naquela noite aconteceu uma coisa fora do comum, na minha rotina nocturna: Eu...sonhei! Sonhei e lembrei-me do dito cujo na manhã a seguir, e o sonho foi tão marcante que ainda não me esqueci dele e duvido que alguma vez o esquecerei...
O sonho começou de uma forma muito simples: Estava a andar pelo mesmo caminho que tomo quando volto da escola em direcção à casa da minha avó, com os braços de uma maquineta enfiados pelos meus ouvidos de forma a que me dê música; quando vejo ao meu lado uma rapariga, sem dúvida a mais bela que algum dia vi...sem ver...
Ela era morena, como sempre o fora, com os cabelos escuros e de olhos não apenas castanhos...cor de amêndoa, sim é o termo mais correcto; magra sem ser em demasia e não muito alta...1m e 65 talvez...
Ela estava ao meu lado cantarolando euforicamente a mesma música que passava nos meus ouvidos e que emanava do braço da máquina que baloiçava como um pêndulo. Pelo que me recordo eu nem gosto da música mas, ironicamente, naquele sonho gostava...
É então que me viro para ela, com o phone na mão, e ofereço-lho para ela disfrutar da música comigo. Ela aceita, um pouco envergonhada por ser descoberta, já que estava cantarolando e dançando aquela música de uma forma tão absorta que nem reparou que eu reparei nela!
A rapariga, ironicamente, toma o mesmo caminho que eu para sua casa, e quando ela lá chegou já eramos amigos de décadas...mas eu não sabia o seu nome...
Ela despede-se de mim, na porta de sua casa, e fecha-a devagarosamente, dando-me a ideia de que se importava, tanto quanto eu, de ficar mais umas horas a conversar comigo!
Com esta ideia na cabeça decido aproximar-me da sua porta e antes de eu bater nela, a mesma rapariga abre-me a porta...como por magia advinhou que eu lá ia, armado em cavaleiro andante!
Depois de mais umas quantas palavras fúteis, como "Olá" e uns quantos "err", pergunto-lhe pelo seu nome...como se fosse um dos enigmas do ser humano, como se a resposta à dita cuja fosse alterar a minha existência!
"- Olha, não me disseste o teu nome...Como te chamas?" - pergunto eu, hesitante.
"- Inês" - sorriu ela.


PS: Olá =) voltei, e quero voltar...

5 comentários:

  1. Escreves duma maneira tao profunda ...
    Não tenho geito para escrever .. mas sei dar valor !!
    És simplesmente .. senxaxional ! *
    Adoro-te mtt Manoo . . . *
    CONTINUA sempre cm és .. prk tenho a certeza q consegues ir LONGE ! *
    * * * * * * * *

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  2. De volta às luzes do estúdio. Hmm. Abriste bem. Bem-vindo a casa.

    P.S.: Tu aí, em cima! Escreve-se jeito!

    P.S. 2: Como vão as coisas, afinal? "Inês" é nome fictício que nem nas cartas da Maya? E que se pode aplicar a pessoas reais, ou... quê?

    P.S. 3: Estive num estúdio de rádio pela 2ª vez.

    P.S. 4: Andreia, com certeza vais querer ler estes novos textos, agora que o blog está a ser actualizado. Só p'ravisar que vou desaparecer do mapa, mas provavelmente manterei contacto p'lo Messenger, umas quantas noites, nos CyberCenters de Albufeira. Se não, é o método habitual: SMS até dizer chega! Beijocas a ti, ao Grupo de Teatro Antígona no seu todo e ao Grupo da ESPAN.

    P.S. 5: Desparecido em combate até ao início de Agosto.

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  3. bem vindo a bordo :)
    **

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  4. Obrigadissima pelo comentario!
    Pois é claro que nos vamos dar bem,até porque,se n fosse para isso nao te teria adicionado (=
    Tal como já te disse,encantas-m com o que escreves,seja este texto magnificament bonito,como tdos os outros!
    E viva o bichinho carpinteiro que nos faz lutar e acreditar*

    BeisinhoO

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