sábado, 1 de agosto de 2009

Long Time, No See

Much has happened since the beggining of the world. One's life, as short as it might yet be, can never avoid the dances they are forced to.
The human being may travel a lot through the evil landlord's land, but it will always come back, unless it has psichological issues, associated to brain malfunction. Ups and downs can easily get to you if you lend yourself too much. Don't do it. It's not worth it. Just do this: take care of your friends, make new ones, don't forget to water their roots and let life happen like it should, in its own natural course. You won't regret it. Consider these statements as words of advice, and you'll live happily.
See you around.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Lições de Vida

Talvez esteja a ser presunçoso ao dizer isto, mas também tanta gente me acha presunçoso que mais vale o ser de vez: Posso só ter vivido 18 anos, mas foram 18 anos recheados de todo o tipo de experiências... desde aquelas que nunca deveriam existir e pelas quais ninguém devia passar, até a outras que transcendem a felicidade dos mortais...
E durante estes longos 18 anos já aprendi muita coisa da pior forma possível, por isso perdoem-me se acham que estou aqui a fazer um papel moralista ou de pseudo-sábio, mas acho que posso partilhar algo com vocês que interessa.
De tantas vezes bater com a cabeça na parede, de tantas vezes errar e magoar pessoas, na maioria das vezes pessoas que nunca o mereceriam, aprendi a estar mais atento com o que está exactamente à minha frente, já que isso é o que é mais difícil de prestar atenção. Temos constantemente a cabeça focada 10 passos à frente, mas esquecemo-nos que, tal como o cliché diz, temos de dar um passo de cada vez... O ser humano tem tanta ânsia pela busca da felicidade e pela procura da realização total que se perde nessa gula, nessa vontade exacerbada. É assim, eu já passei por isso... E ao fazê-lo atropelei muita gente, inclusive a mim próprio!
Não estou aqui para pedir desculpas a ninguém, nunca me arrependi de nada que fiz, apenas me arrependo do que deixei de fazer, mas o significado que tudo tem para mim é que tudo leva a algum sítio... Todos os nossos actos são seguidos de consequências e a vida baseia-se neste ciclo, nesta bola de neve, na qual às vezes perdemos a noção de quem conduz quem... se somos nos que conduzimos a vida ou se é ela que nos empurra para onde bem lhe apetece.
O que aprendi foi que, antes de tudo, temos de perceber o que realmente queremos... A vontade é muita, mas às vezes não passa de um capricho, disfarçado de certezas...
Temos de saber exactamente o que queremos e agir de acordo com isso, sem nunca desviar o olhar. Desta forma, não somos nós que conduzimos a vida, nem é ela que nos empurra... É tudo um processo fluido, como um riacho que naturalmente nasce, naturalmente cresce e se torna num rio, corpolento, cheio, forte, e naturalmente morre no mar.
Foi isto que percebi...até agora.


Eu sei o que quero!

sábado, 3 de janeiro de 2009

Um Brinde Luminoso!

Estou a escrever há três dias seguidos, coisa que já não fazia desde o dia em que este blog nasceu da coxa de Zeus, preso a fíbulas douradas, a ocultas de Hera.
Também são três os anos que se cumpriram desse mesmo nascimento. Já vamos em 191 artigos, 50 dos quais foram produzidos no espaço de um só mês. É verdade...
Este é um registo digital que começou por ter como nome "A Sogra". O objectivo era escrever textos cómicos (que na verdade eram pseudo-cómicos) para fazer o pessoal mandar fora o catarro de tanto rir e também para apresentar a ideia à Rádio Comercial, que tinha lançado na altura o programa intitulado "O Meu Blog Dava Um Programa de Rádio". Só que o Ricky disse, e bem, "deixemo-nos desta falsa galhofa e escrevamos sobre tudo aquilo que nos der na gana". É óbvio que as palavras dele não foram estas, mas concordei. E assim começou a produção em série.
Ao observar aqui o nosso portfolio ao longo dos vários meses que passaram, consegui vislumbrar diferentes fases na vida deste canto obscuro, mas a principal foi sempre, como não podia deixar de ser, o Romantismo - abstracto por parte de um dos autores, concreto por parte de outro. Mais tarde, os papéis inverteram-se e o período evoluiu para o Realismo, uma vez que a minha pessoa possuía uma musa de carne e osso para descrever. Isso levou-me a distanciar-me um pouco daqui e a escrever correspondência confidencial, da qual ninguém sabia, se não o seu destinatário. Lentamente, acabámos por entrar na decadência. Textos de força começaram a encher o olho do leitor e do próprio autor. Falo mais propriamente do meu caso.
Gostava, agora, de recordar um texto de sucesso (em n.º de comentários) que eu escrevi, daquela fase mais romântica dos nossos corações:

Elogio À Mulher

"A Mulher é aquela com quem nos contactamos logo desde o início da nossa vida. Começamos por ser um embrião, pequenino... uma célula, vá. E é dentro do ventre feminino que nos desenvolvemos até encararmos o Mundo tal como ele é. Não foi por acaso que a Mãe Natureza dotou a Mulher de fertilidade. Não é por acaso que a própria Mãe Natureza tem a formosura de uma Mulher: Perfeita!
À medida que vamos crescendo, vamos contactando com a nossa progenitora, que nos dá a primeira refeição, que nos afaga, que nos conforta enquanto estamos cheios de cólicas ou de dores de dentes, pois estão a crescer... Enfim. Está sempre connosco, a nossa Mãe. É uma Mulher. Até mesmo quando vamos pela primeira vez para a escola, que estamos debaixo das saias da nossa Mãe, não a queremos largar. É com ela que estamos bem, a Mulher que é a nossa Mãe.
Quando entramos na escola primária, vamos contactando, igualmente, com a Mulher. É muito novinha, é certo... Tem a nossa idade, faz as mesmas travessuras que nós fazemos. Brincamos, rimos e saltamos. É giro brincar... Faz-nos sentir imensamente bem. Até este ponto e, pelo menos, até à idade da pré-adolescência, a Mulher é uma pessoa que está lá, mas à qual damos a mesma importância que a outra pessoa qualquer. A nossa Mãe está connosco e gostamos dela. Temos Amigas e gostamos delas. É bom ser-se amigo de alguém com quem arranjamos sarilhos de crianças inocentes que desconhecem os dissabores da vida adulta. Talvez seja por esses mesmos dissabores que as crianças dizem "Nunca hei-de crescer! Quero ser pequenina/o para sempre"! Pois é... As crianças sabem o quanto os adultos andam sempre cheios de stress, para trás e para a frente, sempre ocupados, sempre cheios de trabalho.
Quando se entra na idade da adolescência, a Mulher passa a ter, para nós, um outro significado. É verdade que as nossas Amigas podem já não brincar tanto connosco, como faziam dantes. Aliás, já nem nós devemos fazer as mesmas brincadeiras... Devemos ser estúpidos o suficiente para afirmar que já somos "crescidos" de mais para brincar às escondidas, ou algo do género. Enfim. Já não brincam tanto mas tornam-se pessoas muito especiais. São Mulheres que estão a crescer, a tornar-se maduras. Não todas, claro. Mas há casos excepcionais em que somos obrigados a afirmar que realmente estão a incorporar alguém de grande sabedoria, de experiência, de maturidade. A Mulher, neste período da adolescência e à medida que se vai tornando adulta, passa a ser uma grande confidente. Nós, homens, temos os nossos camaradas para contar os nossos problemas, as nossas angústias. Podemos sempre contar com eles. Mas a sensação de ter uma Mulher com quem contar é mágica... Depositamos nela uma confiança imensa, porque ela está sempre lá para nos ouvir, para nos consolar, para nos dar miminhos, se precisarmos... É, a Mulher é alguém muito especial.
Mas não é só no campo da Amizade que a nossa relação com a Mulher se desenrola. Ah, não... Temos algo ainda mais especial para partilhar com Ela. O Amor. É verdade... É pela Mulher que nos apaixonamos, é pela Mulher que vivemos, é pela Mulher que sofremos, é pela Mulher que... Enfim. É por Ela que sentimos algo como nunca sentimos.
A Mulher, o ser Mulher, a essência Mulher é alguém de um brilho ofuscante, é linda, inteligente, esperta, sábia, de um sorriso mágico, duma enorme formosura, conhecedora das Belas Artes. A Mulher é uma Arte...
A Mulher é Grande! Um enorme viva à Mulher!"

22 de Janeiro de 2007

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Um Passeio, Um Café e Arte Mista


Helena Almeida, Eu Estou Aqui #1, #2 e #3, 2005


Este tríptico, tal como o nome indica, é composto por três momentos distintos.
Olhando para o primeiro momento, consigo associar a figura em que o tríptico se foca a Agave, numa altura em que esta já está consciente do filicídio cometido. As vestes de negro e os tons escurecidos da fotografia levam também a uma associação com a temática da morte. Imagino, nas mãos apontadas em direcção ao chão (1.ª fotografia), a cabeça de Penteu. O rosto escondido que também está direccionado para o chão leva a crer num sentimento de desespero perante o suposto "troféu" que Agave traria.
No segundo momento do tríptico, a raiva apodera-se da figura. Ao observar esta fotografia, fiz uma associação por ventura um pouco macabra, mas a boca aberta de raiva com uma mancha vermelha levou-me a pensar na brutalidade do assassinato de Penteu, que envolveu a perda do seu sangue, uma vez que foi todo desfeito não só pela mãe, mas também pelas outras Ménades.
Por fim, no terceiro momento, visualizo uma Agave que se esconde de novo perante a tragédia por si cometida, ainda que em delírio, e que se prepara para se levantar e abandonar a cidade.


Sherrie Levine, Pyramid of Skulls, 2002


Os doze retratos que compõem esta obra, como se pode observar, são todos iguais. A relação que estabeleci entre eles e As Bacantes, de Eurípides, não se prende com o número de retratos, mas sim com o número de caveiras representado num só retrato à escolha: três. Três caveiras, uma para cada um dos elementos da família, que intervêm directamente na acção: Cadmo, Penteu e Agave. O tema dominante desta obra volta a ser, claramente, a morte.
Mas desta vez é possível distinguir dois tipos de morte diferentes: em primeiro lugar, a morte física de Penteu, cuja cabeça é decepada do resto do corpo pela sua mãe. Em segundo lugar, existe a morte por vergonha, associada a Cadmo e a sua filha, Agave. O primeiro é obrigado a partir de Tebas, devido à sentença de Diónisos, e a segunda é obrigada também a partir para o exílio.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Feliz Ano Novo!

2009 começou hoje e não podia ter tido um melhor início ;)
Que tudo de bom invada os vossos corações!

Beijo,

domingo, 26 de outubro de 2008

Vida

Há certas alturas em que penso na vida. Pensar, simplesmente. E surpreendo-me imenso com as coisas que nela aparecem, desaparecem, piscam, etc.
Há momentos em que sou apanhado pelo reverbar de coisas que já foram e das quais se tem saudades, das quais sentimos muita falta, porque passaram a fazer parte de nós e agora já não fazem.
Confesso que olhando para trás, há muita coisa boa que ganhei, e muita coisa boa que perdi. Não quero estar a referir-me a nada em concreto. E muita coisa boa que perdi deu-se à conta daquilo que ganhei e que não me arrependo de ter ganho.
Há recordações que guardo no obscuro da minha memória, para que não tenha de passar por elas quando procuro outras coisas. Mas hoje, num rápido e instintivo desejo, quis reabrir o baú. Não me vieram lágrimas aos olhos, daquilo que vi. Sempre ouvi dizer que chorar sobre leite derramado não vale o esforço envolvido.
Por muito que se diga que não nos resta alternativa senão seguir em frente e deixar para trás o que ficou para trás, o nosso coração acaba sempre por nunca ligar os pedaços todos, especialmente se a quebra for grande, bruta e intensiva.
Resumindo... tenho saudades de viver. Não que esteja morto, mas tenho saudades da vida que houve em certa altura.
Fico feliz por saber que nesta chamada vida há várias e diferentes fases pelas quais temos de atravessar. É isso que nos prepara para o resto dela... da vida. Contudo, há fases nas quais gostaria de entrar e não sair mais, porque sei que aí eu era feliz.
Tenho saudades das palavras, do tacto, das acções, dos sons, dos aromas, do sentimento.
Do momento.
O momento olímpico. Não há nem mar nem terra. Só céu. Tenho vontade de me mandar, de me esbarrar contra as portas do paraíso, seja ele qual for, tenha o que ele tiver, e entrar, mas vivendo. Vivendo o que vivi.
A vida tem destas coisas. Tanto pode ser substancialmente agradável como mortalmente mórbida. Mas não estou neste estado. Posso já ter estado, mas agora não estou.
Há alturas na vida em que temos certezas. Mas as certezas, supostamente, deviam ser definitivas e intemporais, sobrevivendo a toda a humanidade. É nestas alturas da vida que afinal podemos estar seguros de que não há certeza alguma. Vivamos o presente, dirão uns. Por muito esotérico que eu queira ser, tenho de admitir que também tenho um passado. Do qual tenho saudades. E muitas. Mas o que tem piada é que eu, simultaneamente, não quero que esse passado regresse. Pelo menos, não sob a forma como se passou. Se então só existe um presente, que a vida recomece constantemente mas, gaita!, por uma vez na vida que seja com as opções que pretendemos! Um bom sítio por onde podemos começar: esquecendo o passado. Ah, cometi tantos erros no passado... Erros que guardo com rancor.
Pudera eu não ter cometido tantos erros assim, perdendo-me a mim e ao contexto entre os outros do passado então presente.
Tenho saudades, apenas. Do que fui, enquanto fazendo coisas boas. Do que vivi, enquanto foram bons momentos. Tenho saudades do que se perdeu.
Por sorte, mas só por sorte, a vida tem compaixão por nós. E dá-nos segundas oportunidades. São sempre segundas. E a vida vai dando e dando... Como num jogo de cartas: o baralho nunca mais acaba. Só o imbecil fica com o joker. O merecedor (que se julga ser merecedor mas que até pode nem ser) ganha o dois de paus.
Mas loucura! Comparar esse dom tão belo e precioso da VIDA a um simples jogo de sorte! Joguemos à roleta russa, então! CLICK! Foi sorte, foi sorte! Tristeza...
Às tantas já nem sei de que me queixo. Da vida? Talvez. Certo é que... no fundo, a vida gosta de mim. Descobri isso há pouco tempo. Deu-me uma Nova Oportunidade, como os outros dão aos outros que não tiveram vida fácil. Este socorro que a vida me deu... hmm... Serão planos para mim? Serão bons planos? Uma nova vaga se avizinha nas minhas praias cobertas de lascivos restos carnais? Talvez.
Se não queremos ser demasiado exigentes, então...
Dai-nos o pão nosso de cada dia, Senhor.

domingo, 28 de setembro de 2008

Esta é a quarta vez que escrevo alguma coisa e que depois apago tudo de novo. Pões-me a assim: sedento de transbordar toda esta intensidade para fora duma forma caótica, duma forma apocalíptica!
Já mudei 6 vezes a música de fundo, em busca de uma que fizesse com que as palavras que deambulam no meio do meu córtex cerebral se organizassem sozinhas.
Sinto-me um tolo completamente apaixonado por um ser superior! Sinto-me um puto, caidinho pela rapariga mais linda da turma! Sinto-me um empregado de limpezas, perdido de amores pela chefe da empresa.
A diferença entre mim e estes exemplos clichés é que os meus lábios já provaram os teus, a minha pele já se deliciou com a tua, o meu corpo já estremeceu com o teu.
A diferença entre um sonhador louco, que imagina todas as fantasias possíveis com a sua musa, que fabrica longas-metragens bem dentro do seu consciente… A diferença entre mim e ele é que eu já sonhei com poucas esperanças de realizar os sonhos, tal como ele, mas agora sonho com todas as certezas que as tuas mãos me dão quando passam vagarosamente pelas minhas.
E tudo o que eu quero, neste momento mais feliz da minha existência, é que tu alcances aquilo que todos buscamos, a felicidade suprema. Tudo o que eu quero é que tu alcances esse estado utópico. E isto não se trata de altruísmo, isto trata-se de egoísmo puro! Trata-se de narcisismo vil! Quero isto com tanta força, já que vivo na esperança de poder ir roubando alguma felicidade transbordante do teu cálice. Não sou altruísta, sou um pobre ser, completamente enamorado de ti, completamente inebriado pelos teus encantos que se viciou de tal forma, que já não passa sem a tua respiração no seu pescoço, que já não passa sem o teu olhar perfurante, que já não passa sem o teu toque de mel, que já não passa sem a sensação de puro e perfeito bem-estar que lhe dás… que me dás!
É que é mais do que bem-estar… Bem-estar alcança-se em casa a ver um filme, bem enterrado no sofá; bem-estar alcança-se com uma actividade qualquer.
O que tu provocas em mim é uma sensação de leveza, de paragem total no tempo! Como quando a água do mar está exactamente à mesma temperatura que o teu corpo (elevada, por sinal!) e tu te deixas pairar dentro de água… Chegas a um momento em que não te sentes, mas não sentes água também, não sentes vento, chegas a um estado totalmente imóvel e inerte, mas no entanto, um estado de total comunhão e harmonia, dentro e fora do teu corpo.
E o que tu me provocas tem isto tudo, esta sensação quase paradisíaca, e tem uma sensação de montanha russa de sentimentos, emoções, desejos, ansiedades! Um vendaval de desejos ardentes, de desejos aparentemente inatos! Provocas turbulência, mas um tipo de turbulência gostosa, deleitosa, uma autêntica tempestade, repleta de imensos trovões, relâmpagos e um fantástico espectáculo de luzes e faíscas!
És … Estive atento ao relógio e passaram-se 5 minutos sem que eu conseguisse colocar um ou dois adjectivos qualificativos à frente daquela forma verbal do verbo “ser”… Tu és … E agora na minha mente caí em cliché, um inevitável… Tu és, para mim … E agora sinto-me totalmente seguro do que vou dizer …

Tu és, para mim, o ser mais humano que eu alguma vez imaginei!

Quero-te duma forma que não pensei possível ao homem!