sábado, 3 de janeiro de 2009

Um Brinde Luminoso!

Estou a escrever há três dias seguidos, coisa que já não fazia desde o dia em que este blog nasceu da coxa de Zeus, preso a fíbulas douradas, a ocultas de Hera.
Também são três os anos que se cumpriram desse mesmo nascimento. Já vamos em 191 artigos, 50 dos quais foram produzidos no espaço de um só mês. É verdade...
Este é um registo digital que começou por ter como nome "A Sogra". O objectivo era escrever textos cómicos (que na verdade eram pseudo-cómicos) para fazer o pessoal mandar fora o catarro de tanto rir e também para apresentar a ideia à Rádio Comercial, que tinha lançado na altura o programa intitulado "O Meu Blog Dava Um Programa de Rádio". Só que o Ricky disse, e bem, "deixemo-nos desta falsa galhofa e escrevamos sobre tudo aquilo que nos der na gana". É óbvio que as palavras dele não foram estas, mas concordei. E assim começou a produção em série.
Ao observar aqui o nosso portfolio ao longo dos vários meses que passaram, consegui vislumbrar diferentes fases na vida deste canto obscuro, mas a principal foi sempre, como não podia deixar de ser, o Romantismo - abstracto por parte de um dos autores, concreto por parte de outro. Mais tarde, os papéis inverteram-se e o período evoluiu para o Realismo, uma vez que a minha pessoa possuía uma musa de carne e osso para descrever. Isso levou-me a distanciar-me um pouco daqui e a escrever correspondência confidencial, da qual ninguém sabia, se não o seu destinatário. Lentamente, acabámos por entrar na decadência. Textos de força começaram a encher o olho do leitor e do próprio autor. Falo mais propriamente do meu caso.
Gostava, agora, de recordar um texto de sucesso (em n.º de comentários) que eu escrevi, daquela fase mais romântica dos nossos corações:

Elogio À Mulher

"A Mulher é aquela com quem nos contactamos logo desde o início da nossa vida. Começamos por ser um embrião, pequenino... uma célula, vá. E é dentro do ventre feminino que nos desenvolvemos até encararmos o Mundo tal como ele é. Não foi por acaso que a Mãe Natureza dotou a Mulher de fertilidade. Não é por acaso que a própria Mãe Natureza tem a formosura de uma Mulher: Perfeita!
À medida que vamos crescendo, vamos contactando com a nossa progenitora, que nos dá a primeira refeição, que nos afaga, que nos conforta enquanto estamos cheios de cólicas ou de dores de dentes, pois estão a crescer... Enfim. Está sempre connosco, a nossa Mãe. É uma Mulher. Até mesmo quando vamos pela primeira vez para a escola, que estamos debaixo das saias da nossa Mãe, não a queremos largar. É com ela que estamos bem, a Mulher que é a nossa Mãe.
Quando entramos na escola primária, vamos contactando, igualmente, com a Mulher. É muito novinha, é certo... Tem a nossa idade, faz as mesmas travessuras que nós fazemos. Brincamos, rimos e saltamos. É giro brincar... Faz-nos sentir imensamente bem. Até este ponto e, pelo menos, até à idade da pré-adolescência, a Mulher é uma pessoa que está lá, mas à qual damos a mesma importância que a outra pessoa qualquer. A nossa Mãe está connosco e gostamos dela. Temos Amigas e gostamos delas. É bom ser-se amigo de alguém com quem arranjamos sarilhos de crianças inocentes que desconhecem os dissabores da vida adulta. Talvez seja por esses mesmos dissabores que as crianças dizem "Nunca hei-de crescer! Quero ser pequenina/o para sempre"! Pois é... As crianças sabem o quanto os adultos andam sempre cheios de stress, para trás e para a frente, sempre ocupados, sempre cheios de trabalho.
Quando se entra na idade da adolescência, a Mulher passa a ter, para nós, um outro significado. É verdade que as nossas Amigas podem já não brincar tanto connosco, como faziam dantes. Aliás, já nem nós devemos fazer as mesmas brincadeiras... Devemos ser estúpidos o suficiente para afirmar que já somos "crescidos" de mais para brincar às escondidas, ou algo do género. Enfim. Já não brincam tanto mas tornam-se pessoas muito especiais. São Mulheres que estão a crescer, a tornar-se maduras. Não todas, claro. Mas há casos excepcionais em que somos obrigados a afirmar que realmente estão a incorporar alguém de grande sabedoria, de experiência, de maturidade. A Mulher, neste período da adolescência e à medida que se vai tornando adulta, passa a ser uma grande confidente. Nós, homens, temos os nossos camaradas para contar os nossos problemas, as nossas angústias. Podemos sempre contar com eles. Mas a sensação de ter uma Mulher com quem contar é mágica... Depositamos nela uma confiança imensa, porque ela está sempre lá para nos ouvir, para nos consolar, para nos dar miminhos, se precisarmos... É, a Mulher é alguém muito especial.
Mas não é só no campo da Amizade que a nossa relação com a Mulher se desenrola. Ah, não... Temos algo ainda mais especial para partilhar com Ela. O Amor. É verdade... É pela Mulher que nos apaixonamos, é pela Mulher que vivemos, é pela Mulher que sofremos, é pela Mulher que... Enfim. É por Ela que sentimos algo como nunca sentimos.
A Mulher, o ser Mulher, a essência Mulher é alguém de um brilho ofuscante, é linda, inteligente, esperta, sábia, de um sorriso mágico, duma enorme formosura, conhecedora das Belas Artes. A Mulher é uma Arte...
A Mulher é Grande! Um enorme viva à Mulher!"

22 de Janeiro de 2007

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