quinta-feira, 26 de outubro de 2006

Luminescência

Já reparaste que, para qualquer sítio que olhes, vês luz? Donde vem tanta luz assim, perguntas-te. Uma coisa é certa. Já praticamente não vivemos sem coisas luminescentes.
Acordas de manhã, e olhas o despertador. É digital? Pronto. Lá estão aqueles irritantes números vermelhos a marcar 7:00. Ainda está escuro, lá fora. Acendes a luz do candeeiro, para poderes ver melhor. Na casa-de-banho também vais ter de acender a luz, e desligá-la assim que saíres, sem dares por isso, tal como fizeste com o candeeiro.
Vê-se bem na cozinha? Hmm... talvez não. Será melhor, então, acender uma vez mais a luz. Tantas vezes a fazer isto, por tudo e por nada, e és capaz de ouvir alguém a chatear. Bah! Se não se vê nada! Tomar o pequeno-almoço às escuras? Não.
Lá fora, para além do frio e da escuridão dominante na rua, ainda se vêem os candeeiros a emitir luz para, quem sabe, iluminar o caminho àqueles que já há algum tempo se encontram na escuridão e de lá não conseguem sair.
Levas o carro para o trabalho? E está a chover, não está? Com algum nevoeiro... Liga os mínimos! Há-de aparecer a indicação no painel, numa luz amarelada, talvez. E cá estamos. São quase 8h00.
No escritório há janelas, claro. Mas agora arranjaram daquelas modernas, com arame lá dentro. É para não partir com tanta facilidade. Só que, como não são totalmente transparentes, não deixam passar muita luz. Avisa aí para que liguem as luzes do tecto. Ah! Já se vê melhor, para escrever, e tudo.
Hoje o Sol não está a ser muito teu amigo... Está com vergonha de aparecer por entre as nuvens e iluminar-te a alma. Tanto stress, tanto problema... E temos de ser nós a resolvê-los, senão... quem o fará? Enfim.
Olha, sabes que mais? Pede ao patrão a tarde livre. Dizes que estás com uma enxaqueca "daquelas" e que não consegues, mesmo, ir trabalhar da parte da tarde. E pronto, está resolvido. Não há grande coisa que fazer de tarde... É melhor esperar pela noite.

Aparece a amiga Lua. Já está no turno dela. O Sol foi para outro lugar, agora.
Há uma desvantagem, em relação ao Sol. Não deixa ver as estrelas. Então, depois de recuperares, vais à janela. E vês... vês pequenos pontos lá bem longe... Que irradiam um brilho muito, muito, muito forte!
Reflecte-se nos teus olhos, que admiram as mesmas estrelas.
É nessas alturas em que reconheço que também eu já não consigo viver sem luz. Uma luz. Um brilho.
Dos teus olhos...

Dorme bem, e sonha com tudo de bom. Com as estrelas também.

3 comentários:

  1. "Donde vem tanta luz assim, perguntas-te." -> Se tivesses no 1º agrupamento saberias responder a isso! =P

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  2. "suspiro", mas neste caso foi um bom suspiro ^^[[]]

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  3. tanta luz, tanta luz...

    nos teus olhos estava la' eu...i nos meus estavas la' tu!
    nao estavam as estrelas =P

    BEIJOS***

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