Foi naquela manhã esplenderosa de 6ª feira que acordei, ao som rouco do despertador... Levantei-me, lavei-me, sequei-me, penteei-me, vesti-me... E deitei-me de novo.
Tinha medo do que podia acontecer logo à tarde, em que te poderia conhecer, ou não... Então, encarei a realidade, e lá dei de comer ao estômago, que já suplicava por alimento. Também o meu coração pedia isso, e nem sequer me tinha apercebido. Estava ainda a derreter algo falso, que não iria resultar.
Saí, e pus-me a caminho para me reunir com uns velhos camaradas e umas amigas do coração. Estava a ficar já enojado com aquela hamburguer demasiado bem passada. Tanto a barriga, como o peito, se contorciam. Era o medo que se estava a apoderar de mim na altura... a retirar-me até, o calor da amizade. Já não conseguia pensar em mais nada. Olhei então para o relógio que me tinham oferecido no Natal, e disse para o grupo " são horas, devíamos ir andando...".
Ânsia? Ou estaria amedrontado de ficar paralisado sem conseguir mexer um único músculo, por tua causa? Não cheguei a saber. À medida que me ia mexendo, sentia de novo o sangue a correr-me pelas veias, livremente. Só não sabia era por quanto tempo... O material plástico incluído no meu "almoço" ainda me faria enterrar-me.
Ali estava o portão! Um mundo novo invisível, mesmo tentanto observar através das grades. Dei um passo em frente, o direito primeiro, como outrora me havia ensinado alguém supersticioso. Comecei a olhar à volta, e não te encontrava. Estava a ficar já aflito. Não podia sair dali sem te ver!
Soou o toque... aquele imutável, ríspido e seco toque, numa tarde de Verão que segundo o que eu pensara, era para outros afazeres. Porém, havia outro lado da questão. Como fazê-los sem ti? Entrei no pavilhão e pedi informações a um homem que me pareceu já conhecer de outras ocasiões, mas isso não interessava para o caso. Disse-me que eu já fora chamado a prestar "depoimento", juntamente com mais 26, ou um número redondo como este, que fosse parecido.
Fiquei petrificado... Sem palavras, absolutamente... Tu... Estavas a entrar! Como era possível?! Estiveste num sítio longínquo durante imenso tempo, e agora estavas mesmo à minha frente! Tive o desejo irracional de esfregar os olhos e confirmar. Não havia saída, ali estavas! Sentaste-te, e começaste a observar todos, com os teus olhos cor-de-avelã, como ainda hoje os considero. Foi tanta a expectativa... Queria que me encontrasses... Todavia, isso não aconteceu. Pareciam-se passar horas, desde o início daquela sessão idiota. E ali estava eu, um pouco atrás, com o desjo de... cheirar os teus cabelos? Tocar e sentir o teu corpo? Beijar o teu pescoço e tocar os teus lábios? Sentir que queria que me pertencesses para sempre? Sem dúvida. Foi no final, já quando perdia a esperança, que tu me olhaste, e vieste contra mim! "Seria deliberadamente?", inquiri a mim próprio. É... essa sensação iluminou-me os olhos, o coração... Ver a tua boca passar tão perto da minha deixou-me de rastos. O pior, foi o meu sentimento de vergonha. Senti que tinha de ir ter contigo, mas não fui. Deixei-me levar pela gélida sensação de arrependimento. Fui-me embora, e deixei-te para trás... Conseguirei que me perdoes? Conseguirei o teu coração de volta, mesmo que nunca antes o tenha tido? Só Deus sabe, eu não. Certo é que nos conhecemos, falámos, divertimo-nos, meto-me contigo todos os dias. Mas não te alcanço, não da maneira que originalmente quis... O teu coração está tão perto, o calor que ele transmite, e ao mesmo tempo... intocável.
Que lindo!!!!!!!!!!!!!!
ResponderEliminarEstá excelente! Está mesmo lindo!!!!!!!!!!!!! lolol
jks*********
Muito apaixonado, muito sentido, e muito bem escrito claro! Vindo de ti só podia, in other words, speechless (ham percebeste...outras palavras, sem palavras...xD AAH k giroo...)
ResponderEliminarxD!! A amada dum tem os olhos cor de amêndoa, do outro cor-de-avelã... Gostam bastante de frutos secos vocêses! ;)
ResponderEliminarGostei do texto que escreveste =)
ResponderEliminarQuero + e + toca a escrever va va =p
*beijinho
Texto lindo!!!
ResponderEliminarcontinua assim!
os teus textos vao loge :)
gostei dakela do pe direito k alguem supersticioso t ensinou...LOOOL,tu ao menos sabes distinguir direito d eskerdo..ha kem n saiba..ne sara? xD
jks pa tds*******
De repente nem sei que me deu.
ResponderEliminarSenti uma vontade enorme de comentar, mas receei por ter reparado na data, já tem mais de dois anos que foi postado e hoje, agora que o li… nem sei, li-o como se as palavras me corressem em torno da alma, como se nela dançassem, com aquela ânsia de querer chegar lá, ao fim, saber que aconteceria a seguir de um depois e, …, agora nem sei que dizer, …, gostei, é talvez a palavra mais barbara que poderia dizer agora, como explico que gostei? É sem duvida um dos poucos textos que me “puxa para ele”… há quanto tempo não lia eu algo assim?
É certo que foi à menos que dois anos ital, mas foram precisos passar esses dois anos ital para ler algo assim: extremamente colossal (:
Obrigada por escreveres e por fazeres essas mesmas palavras em minh’alma dançar*