quinta-feira, 10 de julho de 2008

Quando eu era mais miúdo; porque miúdo ainda o sou; disse: Era tão fixe conhecermos o futuro! Assim ninguém se magoava e todos eram felizes porque escolhiam o caminho certo!
Não o disse por estas palavras, mas escolhi refrasear para parecer muito inteligente e também porque é difícil reproduzir o efeito "sopinha de massa" na escrita.
Continuando; a isto respondeu-me a minha avó: Pensa bem no que disseste! Era bom saber que amanhã algo de bom te vai acontecer? Ou é melhor esperares e surpreenderes-te?
E eu respondi, no alto da minha sabedoria: Oh preferia saber já!
Passados uns tempos vejo a falsidade dessa minha premissa... Mas não é para isso que escrevo, não quero pregar outra lição de moral.
Escrevo porque fui surpreendido... E soube bem, apesar de não vir nas melhores alturas. Mais um teste da vida ou de outra entidade qualquer, como quiserem. Mais escolhas... Como se já não bastassem as que assombram esta parte da vida de toda a gente: faculdade ou não faculdade? Curso ou recurso? Isto ou aquilo? nada?
Não bastasse isto tudo surge-me outra, uma mais melosa, uma mais dengosa, uma muito mais marcante nesta parte fútil da vida e, quem sabe, para outras vindouras.
Mas eu nunca fui bom nisto, sempre tomei as decisões erradas, sempre fui pelo caminho da vila dos mentirosos, nunca tive paciência para enigmas, sempre fui ver as soluções, nunca escolhi as certas, sempre procurei fazer toda a gente feliz, nunca o consegui.
Se não consigo fazer-me feliz, que credibilidade tenho eu para sequer aspirar a fazer as outras pessoas felizes? Não se enganem, eu sou feliz! Mas, muito sinceramente, não estou feliz. E nunca consegui fazer ser ou estar ninguém feliz durante tempo que se veja.
Portanto, sou um animal que se deixa impressionar pela primeira visão de beleza pura e purificadora. Não me menosprezo, porque qualquer um ficaria, acreditem! Mas eu não devia! Até acho que é por isso que... que devo... Mas não! (?) Porque não? (!)

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