segunda-feira, 2 de janeiro de 2006

Heinz E O Seu Dilema

Olá, caríssimos.
Hoje começámos o nosso primeiro dia de aulas da melhor maneira (:P), com Filosofia. Estivémos a discutir o conceito de valor, as suas características, etc. Como "reflexão em casa", temos de ver se concordamos ou não com os actos que as personagens neste dilema executam. Portanto, Heinz tinha uma mulher doente, com "um tipo especial" de cancro. A única forma de a poder salvar é através de radium, descoberto por um farmacêutico, que pagava $200, e vendia uma pequena dose por $2000. Acontece que Heinz não tem qualquer dinheiro, pelo que começa a pedir emprestado, reunindo apenas $1000. Por muito que implore ao farmacêutico, este não vende por menos, argumentando que foi ele "que o descobriu e vou fazer dinheiro com ele". Heinz entra em desepero, e só pode fazer uma de duas coisas (o confronto entre valores, no qual apenas um é possível de se concretizar): roubar o medicamento e administrá-lo à sua mulher, ou deixar que ela morra. Depois desta parte, o autor interfere, fazendo as seguintes perguntas:
Heinz deveria roubar?
Se Heinz não amasse a sua mulher, deveria roubar o medicamento para ela?
E se a pessoa doente não fosse a sua mulher, mas uma pessoa estranha, Heinz ainda assim deveria roubar o medicamento?
E se em vez de uma pessoa estranha, quem estivesse com cancro fosse um animal de estimação de que muito gostava?
Agora, na minha opinião, deveria roubar o medicamento. O farmacêutico simplesmente mostrou-se egoísta, ao ponto de negar a cura de um cancro por causa de dinheiro, sem que isso lhe pesasse na consciência... Já Heinz, roubou um medicamento de elevado custo, mas o seu coração dizia-lhe que tinha de fazer aquilo, para poder salvar uma vida. De facto, roubou mesmo o medicamento para que o pudesse administrar à sua mulher. Um polícia que o conhecia ponderou se o devia prender. Prendeu. Porquê? Roubou algo fundamental para salvar uma vida e é preso quase que arbitrariamente. O júri do tribunal declarou Heinz culpado. Irá o juíz declará-lo culpado também? Provavelmente... Já que foi culpado até aqui, porque não continuar a sê-lo durante mais algum tempo, anos se for preciso.
Que quis eu dizer com isto? Que a Declaração Universal Dos Direitos Do Homem é constantemente violada... neste caso, ganância/ambição.

5 comentários:

  1. ihihi sim eu tbm dei isso ha umas semanas.. mas nao concordo contigo.. por pior q fosse o estado da mulher de heinz, quem te diz que o farmaceutico ao fazer aquele "medicamento", nao teve de o fazer com o seu proprio tabalho, com os seus proprios suor e lágrimas...? nao seria injusto para com o farmaceutico que o seu medicamento que tanto lhe custou a produzir fosse simplesmente roubado? e se todos roubarem, como o heinz fez, em que raio de mundo viveríamos?! não, há outras maneiras de conseguir as coisas.. e com essa ironia de o juiz o ter considerado culpado..o heinz cometeu um crime, se abrirmos uma excepção para ele, quantas mais execpçoes teriamos de abrir para outros casos identicos? pensa nisto (:
    só para acabar (e nao me achares uma cabra insensivel), na minha opiniao, nao só o heinz seria condenado, mas o farmaceutico teria de pagar uma multa, ou memso cumprir alguns anos na cadeia por homicidio indirecto (podia ter impedido uma pessoa de morrer e por ser puramente "lambao" e pedir mto mais do q devia, não salvou; devia entao ser tambem condenado)
    beijinhos titi *** (:

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  2. Olá desculpa vir comentar, mas a uma coisa que me intriga no teu texto é a parte do fim esta certo que ele devia roubar primeiro era a sua mulher e se não roubasse o medicamento ela poderia a vir falecer mais tarde e ele (Heinz) é que iria ficar com o peso na consciência, sendo o polícia amigo de Heinz devia denunciar, pois por mais que ouve-se entre eles uma amizade, ele estaria a por em causa a sua profissão, por mais que tivesse um porque de Heinz fazer aquilo não deixa de ser um roubo. A parte que eu discordo contigo é esta ele não devia ser preso, pois muitos do que roubam não estão todos presos por isso mesmo vai-se a tribunal.

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  3. Que bom teres ido desenterrar um "tesourinho deprimente" de Filosofia, haja alguém que se interesse por textos obscuros e recônditos. Como eu já nem me lembro sequer de qual é o dilema do Heinz, umas e outras hipóteses hão-de estar certas num ponto de vista e erradas noutro. É só para fazer-te pensar e ver as coisas de todas as perspectivas, como já há muito cantava a cantilena da Filosofia.
    E não peças desculpa, dispõe.

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  4. "só para acabar (e nao me achares uma cabra insensivel), na minha opiniao, nao só o heinz seria condenado, mas o farmaceutico teria de pagar uma multa, ou memso cumprir alguns anos na cadeia por homicidio indirecto (podia ter impedido uma pessoa de morrer e por ser puramente "lambao" e pedir mto mais do q devia, não salvou; devia entao ser tambem condenado)"



    Não concordo com o que dissestes pois o farmacêutico tem direito de por o medicamento a venda por quanto ele quiser foi ele que o fez, e isso não é homicídio é a mesma coisa que tu ires as compras e haver uma camisola que custa 15 euros e tu só teres 7.50 ninguém tem a culpa se tu não tens dinheiro. Não tens não levas.

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