sexta-feira, 18 de julho de 2008

(VER FIM)

E no entanto, a aleatoriedade da vida é tão fascinante e terrível ao mesmo tempo! Ela junta almas que andam por aí, que foram nascidas unas e que se dividem, e apesar disso, todo esse processo, toda essa magia da vida; que todos os dias acontece e que todos os dias nos esquecemos dela; tudo isso acontece por mero acaso, uma oportunidade numa vida, que a altera totalmente. Um simples "não, amanhã não vou / não quero ir / vou por ali e não por aqui" apenas isto serve para deitar a perder essa oportunidade singular numa passagem efémera por este mundo, ou então apenas isso serve para criar algo inimaginavelmente lindo!
Sim, é mais fácil acreditar no "destino", no "Fado" da vida, e rezar para que esse episódio suceda na nossa própria passagem efémera por aqui. Mas eu não acredito, o que torna as coisas muito mais fascinantes!
Pensar que algo tão fantástico pode ou não acontecer num bater de coração é um exercício de humildade espantoso! É admitir que somos ínfimos! Pontinhos andantes, no meio de sentimentos gigantes e potentosos! É admitir que não há nada que nos guia para o melhor caminho; que esse caminho somos nós que o fazemos ao longo da vida e que, mesmo à beira do entroncamento, escolhemos bem ou não, sem qualquer conhecimento! Sem qualquer consciência! É a pureza total! Vivemos a vida seguindo as nossas acções que nos dirigem, sem qualquer intenção ou consciência (portanto, de forma pura), para o acontecimento mais importante de toda a nossa existência patética, Aquele evento que molda por completo toda a nossa forma de ver a vida! Recusamos filosofias antigas, pomos de parte valores vincados na nossa personalidade, rejeitamos velhos conselhos; para recebermos, de espírito vazio, aquilo que é novo, aquilo que é redondo, aquilo que é o que sempre esperámos, mesmo sem sabendo sequer que estavamos à espera!

Felicidade completa!

(FIM)

A vida é aleatória! Ela lança-nos para a frente e para trás, brincando connosco como uma criança brinca com um chocalho!
E no entanto, ela acaba sempre por nos tombar para o sítio certo. (VER INÍCIO)

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