Há momentos na vida de uma pessoa que definem tudo! Apenas uma decisão, aparentemente inofensiva, pode levar a dias e dias de alegria, anos até! A momentos fantásticos, apenas possíveis por causa daquela escolha! É espantoso como a vida depende destas coisas mais pequenas!
Mas mais espantoso ainda é a forma como conversas, banais até, nos marcam profundamente. Um certo tom de voz, que disfere certas palavras, rasga-nos a pele, despedaça-nos os ossos e põe-nos de joelhos, totalmente inofensivos e com a guarda para baixo. Um punhal, cravado nas costas.
Há palavras, frases que doiem tanto. E as piores são aquelas deitadas cá para fora sem qualquer filtro racional, aquelas que se dizem e quando estão cá fora, para qualquer ouvido alheio ouvir, pensa-se: "eisch..."
E o pior é quando esse "eisch..." nem sequer é proferido. Ou pensado. Significa que se disse o que se disse, não racionalmente, mas emotivamente, estado onde as palavras são mais verdadeiras, são elas próprias, sem qualquer conceito de politicamente correcto ou sem qualquer cuidado, sem pantufas...
Mas é com estas coisas que aprendemos! Para a próxima já sei o que esperar. Já sei o que antecipar. Já saberei pensar para mim próprio nesta alternativa de discurso.
Fui apanhado fora de guarda, o escudo estava em baixo, a espada embainhada.
E, de capa ao ombro, caí, morto por preposições, advérbios, verbos, adjectivos, nomes... Já o que esperar? Não, agora é que não sei mesmo...
terça-feira, 29 de julho de 2008
sexta-feira, 18 de julho de 2008
(VER FIM)
E no entanto, a aleatoriedade da vida é tão fascinante e terrível ao mesmo tempo! Ela junta almas que andam por aí, que foram nascidas unas e que se dividem, e apesar disso, todo esse processo, toda essa magia da vida; que todos os dias acontece e que todos os dias nos esquecemos dela; tudo isso acontece por mero acaso, uma oportunidade numa vida, que a altera totalmente. Um simples "não, amanhã não vou / não quero ir / vou por ali e não por aqui" apenas isto serve para deitar a perder essa oportunidade singular numa passagem efémera por este mundo, ou então apenas isso serve para criar algo inimaginavelmente lindo!
Sim, é mais fácil acreditar no "destino", no "Fado" da vida, e rezar para que esse episódio suceda na nossa própria passagem efémera por aqui. Mas eu não acredito, o que torna as coisas muito mais fascinantes!
Pensar que algo tão fantástico pode ou não acontecer num bater de coração é um exercício de humildade espantoso! É admitir que somos ínfimos! Pontinhos andantes, no meio de sentimentos gigantes e potentosos! É admitir que não há nada que nos guia para o melhor caminho; que esse caminho somos nós que o fazemos ao longo da vida e que, mesmo à beira do entroncamento, escolhemos bem ou não, sem qualquer conhecimento! Sem qualquer consciência! É a pureza total! Vivemos a vida seguindo as nossas acções que nos dirigem, sem qualquer intenção ou consciência (portanto, de forma pura), para o acontecimento mais importante de toda a nossa existência patética, Aquele evento que molda por completo toda a nossa forma de ver a vida! Recusamos filosofias antigas, pomos de parte valores vincados na nossa personalidade, rejeitamos velhos conselhos; para recebermos, de espírito vazio, aquilo que é novo, aquilo que é redondo, aquilo que é o que sempre esperámos, mesmo sem sabendo sequer que estavamos à espera!
Felicidade completa!
(FIM)
A vida é aleatória! Ela lança-nos para a frente e para trás, brincando connosco como uma criança brinca com um chocalho!
E no entanto, ela acaba sempre por nos tombar para o sítio certo. (VER INÍCIO)
Sim, é mais fácil acreditar no "destino", no "Fado" da vida, e rezar para que esse episódio suceda na nossa própria passagem efémera por aqui. Mas eu não acredito, o que torna as coisas muito mais fascinantes!
Pensar que algo tão fantástico pode ou não acontecer num bater de coração é um exercício de humildade espantoso! É admitir que somos ínfimos! Pontinhos andantes, no meio de sentimentos gigantes e potentosos! É admitir que não há nada que nos guia para o melhor caminho; que esse caminho somos nós que o fazemos ao longo da vida e que, mesmo à beira do entroncamento, escolhemos bem ou não, sem qualquer conhecimento! Sem qualquer consciência! É a pureza total! Vivemos a vida seguindo as nossas acções que nos dirigem, sem qualquer intenção ou consciência (portanto, de forma pura), para o acontecimento mais importante de toda a nossa existência patética, Aquele evento que molda por completo toda a nossa forma de ver a vida! Recusamos filosofias antigas, pomos de parte valores vincados na nossa personalidade, rejeitamos velhos conselhos; para recebermos, de espírito vazio, aquilo que é novo, aquilo que é redondo, aquilo que é o que sempre esperámos, mesmo sem sabendo sequer que estavamos à espera!
Felicidade completa!
(FIM)
A vida é aleatória! Ela lança-nos para a frente e para trás, brincando connosco como uma criança brinca com um chocalho!
E no entanto, ela acaba sempre por nos tombar para o sítio certo. (VER INÍCIO)
quinta-feira, 10 de julho de 2008
Quando eu era mais miúdo; porque miúdo ainda o sou; disse: Era tão fixe conhecermos o futuro! Assim ninguém se magoava e todos eram felizes porque escolhiam o caminho certo!
Não o disse por estas palavras, mas escolhi refrasear para parecer muito inteligente e também porque é difícil reproduzir o efeito "sopinha de massa" na escrita.
Continuando; a isto respondeu-me a minha avó: Pensa bem no que disseste! Era bom saber que amanhã algo de bom te vai acontecer? Ou é melhor esperares e surpreenderes-te?
E eu respondi, no alto da minha sabedoria: Oh preferia saber já!
Passados uns tempos vejo a falsidade dessa minha premissa... Mas não é para isso que escrevo, não quero pregar outra lição de moral.
Escrevo porque fui surpreendido... E soube bem, apesar de não vir nas melhores alturas. Mais um teste da vida ou de outra entidade qualquer, como quiserem. Mais escolhas... Como se já não bastassem as que assombram esta parte da vida de toda a gente: faculdade ou não faculdade? Curso ou recurso? Isto ou aquilo? nada?
Não bastasse isto tudo surge-me outra, uma mais melosa, uma mais dengosa, uma muito mais marcante nesta parte fútil da vida e, quem sabe, para outras vindouras.
Mas eu nunca fui bom nisto, sempre tomei as decisões erradas, sempre fui pelo caminho da vila dos mentirosos, nunca tive paciência para enigmas, sempre fui ver as soluções, nunca escolhi as certas, sempre procurei fazer toda a gente feliz, nunca o consegui.
Se não consigo fazer-me feliz, que credibilidade tenho eu para sequer aspirar a fazer as outras pessoas felizes? Não se enganem, eu sou feliz! Mas, muito sinceramente, não estou feliz. E nunca consegui fazer ser ou estar ninguém feliz durante tempo que se veja.
Portanto, sou um animal que se deixa impressionar pela primeira visão de beleza pura e purificadora. Não me menosprezo, porque qualquer um ficaria, acreditem! Mas eu não devia! Até acho que é por isso que... que devo... Mas não! (?) Porque não? (!)
Não o disse por estas palavras, mas escolhi refrasear para parecer muito inteligente e também porque é difícil reproduzir o efeito "sopinha de massa" na escrita.
Continuando; a isto respondeu-me a minha avó: Pensa bem no que disseste! Era bom saber que amanhã algo de bom te vai acontecer? Ou é melhor esperares e surpreenderes-te?
E eu respondi, no alto da minha sabedoria: Oh preferia saber já!
Passados uns tempos vejo a falsidade dessa minha premissa... Mas não é para isso que escrevo, não quero pregar outra lição de moral.
Escrevo porque fui surpreendido... E soube bem, apesar de não vir nas melhores alturas. Mais um teste da vida ou de outra entidade qualquer, como quiserem. Mais escolhas... Como se já não bastassem as que assombram esta parte da vida de toda a gente: faculdade ou não faculdade? Curso ou recurso? Isto ou aquilo? nada?
Não bastasse isto tudo surge-me outra, uma mais melosa, uma mais dengosa, uma muito mais marcante nesta parte fútil da vida e, quem sabe, para outras vindouras.
Mas eu nunca fui bom nisto, sempre tomei as decisões erradas, sempre fui pelo caminho da vila dos mentirosos, nunca tive paciência para enigmas, sempre fui ver as soluções, nunca escolhi as certas, sempre procurei fazer toda a gente feliz, nunca o consegui.
Se não consigo fazer-me feliz, que credibilidade tenho eu para sequer aspirar a fazer as outras pessoas felizes? Não se enganem, eu sou feliz! Mas, muito sinceramente, não estou feliz. E nunca consegui fazer ser ou estar ninguém feliz durante tempo que se veja.
Portanto, sou um animal que se deixa impressionar pela primeira visão de beleza pura e purificadora. Não me menosprezo, porque qualquer um ficaria, acreditem! Mas eu não devia! Até acho que é por isso que... que devo... Mas não! (?) Porque não? (!)
domingo, 6 de julho de 2008
Banal?
É engraçado notar; sim porque eu acho-me observador; nas ilusões que as pessoas têm... Os chamados "sonhos".
As pessoas sonham com uma casa com um quintal, num bairro agradável. Sonham com um emprego estável e realizador. Sonham com uma família pitoresca, com o cão afável.
Sonham em ser famosas, ricas; sonham em salvar o mundo, encontrando a cura para o cancro ou derrotando um monstro qualquer.
Eu vou dizer-vos o que são sonhos: sonhos são ilusões que nos incutem para continuarmos contentinhos com o pouco que temos, dizendo sempre: um dia!
Pensem para vocês e digam-me, quantas vezes já não disseram "um dia"? Quantas vezes já não adiaram aquele sonho ardente, que vos inflamava a alma só de se lembrarem dele?
"Um dia eu hei-de conseguir, fazer acontecer, ser..." Um dia...
Sonhos são mais do que desejos distantes, são mais do que simples imaginações das nossas mentes, generalizadas por todos, que nós temos para nos sentirmos integrados no grupo dos normais. Sim, porque é normal as pessoas sonharem com tudo o que eu enumerei! Aliás, quase todas as pessoas que lerão este texto, sonham com o mesmo.
Mas os sonhos, os sonhos de verdade são aquelas paixões mais profundas e corrosivas que temos dentro de nós! Aquela ambição doente, cega, voraz por atingir aquele sonho!
Por eles, somos capazes de fazer tudo! Por eles trabalhamos, suamos, lutamos, sangramos! Por eles vivemos!
E aqui está a essência dos sonhos... Os sonhos são a vida! São o que a move. São mais do que objectivos, visto que estes podem ser banais: Tenho o objectivo de estar vivo amanhã. (Banal?)
Os sonhos são mais do que isto, são ambições desmedidas por uma paixão que nos corrompe por dentro e que nos incita a sermos nós próprios, de verdade, para que sigamos a nossa vontade una!
As pessoas sonham com uma casa com um quintal, num bairro agradável. Sonham com um emprego estável e realizador. Sonham com uma família pitoresca, com o cão afável.
Sonham em ser famosas, ricas; sonham em salvar o mundo, encontrando a cura para o cancro ou derrotando um monstro qualquer.
Eu vou dizer-vos o que são sonhos: sonhos são ilusões que nos incutem para continuarmos contentinhos com o pouco que temos, dizendo sempre: um dia!
Pensem para vocês e digam-me, quantas vezes já não disseram "um dia"? Quantas vezes já não adiaram aquele sonho ardente, que vos inflamava a alma só de se lembrarem dele?
"Um dia eu hei-de conseguir, fazer acontecer, ser..." Um dia...
Sonhos são mais do que desejos distantes, são mais do que simples imaginações das nossas mentes, generalizadas por todos, que nós temos para nos sentirmos integrados no grupo dos normais. Sim, porque é normal as pessoas sonharem com tudo o que eu enumerei! Aliás, quase todas as pessoas que lerão este texto, sonham com o mesmo.
Mas os sonhos, os sonhos de verdade são aquelas paixões mais profundas e corrosivas que temos dentro de nós! Aquela ambição doente, cega, voraz por atingir aquele sonho!
Por eles, somos capazes de fazer tudo! Por eles trabalhamos, suamos, lutamos, sangramos! Por eles vivemos!
E aqui está a essência dos sonhos... Os sonhos são a vida! São o que a move. São mais do que objectivos, visto que estes podem ser banais: Tenho o objectivo de estar vivo amanhã. (Banal?)
Os sonhos são mais do que isto, são ambições desmedidas por uma paixão que nos corrompe por dentro e que nos incita a sermos nós próprios, de verdade, para que sigamos a nossa vontade una!
quinta-feira, 3 de julho de 2008
E Qual É A Palavra Que Fica Na Cabeça?
E quebro o jejum! Achei que estava na hora. Não me perguntei porque o fiz ou porque o quebrei. Estas coisas lá têm os seus tempos.
O engraçado é que a vida não... A vida tem O seu tempo! Singular! Mesmo que nós o rejeitemos, ela é teimosa!
Por exemplo: depois de tanto tempo eu já havia de ter ultrapassado certas questões certo? Certamente errado, visto que as mesmas questões cá continuam, apenas existe uma nova forma de as ver!
Vejo-as nas outras pessoas e analiso-as e penso: não é assim tão mau. Há que dar importância às coisas certas da vida! Quero lá saber se almoço a horas! Quero lá saber se hoje vou tarde para a cama! Estou-me pouco borrifando para o próximo seleccionador nacional! Interessa-me lá o preço do crude!
Importo-me com o segundo em que vislumbrei uma praia pacificada, banhada por um mar sonolento, com uma brisa como música de fundo! Preocupo-me com aquela palavra que ficou por dizer! Interesso-me pelo olhar que me é lançado e pelas interpretações fabulosas que um simples olhar pode ter!
Pensem comigo: São esses momentos que dão a côr à vida e se hoje em dia se queixam pelo exagero do cinzento, então concentrem-se, porra! Olhem à vossa volta, mas façam-no decentemente, sintam os vossos arredores! E agora digam-me: é assim tão mau? É assim tão difícil viver?
Parem de se arrastar! Andem! Erguem-se! Saltem! Expludam que a vida é uma bomba relógio, não porque mais tarde ou mais cedo acaba, mas porque mais tarde ou mais cedo vos trás uma surpresa estonteante e das duas uma: ou estão atentos e tornam-se felizes que nem uma criança num parque infantil; ou continuam de cabecinhas para baixo e perdem esse momento para passarem outros tantos anos a arrastarem-se até darem com o vosso fim, tristonho e vazio, banhado por lágrimas de réptil e por flores mais decompostas que vocês próprios!
E despeço-me, por enquanto, com um grito, para acordarem, merda.
O engraçado é que a vida não... A vida tem O seu tempo! Singular! Mesmo que nós o rejeitemos, ela é teimosa!
Por exemplo: depois de tanto tempo eu já havia de ter ultrapassado certas questões certo? Certamente errado, visto que as mesmas questões cá continuam, apenas existe uma nova forma de as ver!
Vejo-as nas outras pessoas e analiso-as e penso: não é assim tão mau. Há que dar importância às coisas certas da vida! Quero lá saber se almoço a horas! Quero lá saber se hoje vou tarde para a cama! Estou-me pouco borrifando para o próximo seleccionador nacional! Interessa-me lá o preço do crude!
Importo-me com o segundo em que vislumbrei uma praia pacificada, banhada por um mar sonolento, com uma brisa como música de fundo! Preocupo-me com aquela palavra que ficou por dizer! Interesso-me pelo olhar que me é lançado e pelas interpretações fabulosas que um simples olhar pode ter!
Pensem comigo: São esses momentos que dão a côr à vida e se hoje em dia se queixam pelo exagero do cinzento, então concentrem-se, porra! Olhem à vossa volta, mas façam-no decentemente, sintam os vossos arredores! E agora digam-me: é assim tão mau? É assim tão difícil viver?
Parem de se arrastar! Andem! Erguem-se! Saltem! Expludam que a vida é uma bomba relógio, não porque mais tarde ou mais cedo acaba, mas porque mais tarde ou mais cedo vos trás uma surpresa estonteante e das duas uma: ou estão atentos e tornam-se felizes que nem uma criança num parque infantil; ou continuam de cabecinhas para baixo e perdem esse momento para passarem outros tantos anos a arrastarem-se até darem com o vosso fim, tristonho e vazio, banhado por lágrimas de réptil e por flores mais decompostas que vocês próprios!
E despeço-me, por enquanto, com um grito, para acordarem, merda.
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